TRATAMENTOS DE CURA ATRAVÉS DA NATUREZA

TRATAMENTOS DE CURA ATRAVÉS DA NATUREZA A Medicina Natural é a ciência da investigação e da aplicação das leis naturais no dia-a-dia de cada um de nós. Por meio dela podemos atingir excelentes condições de saúde,prevenindo sofrimentos e aprendendo a vivenciar a essência fundamental do Universo.Neste trabalho ; pretendo realizar uma abordagem de aproximação das terapias ocidentais, com práticas milenares orientais. Reniti Wandscheer Prof.Terapêutica....Reg Secretaría de Ensino Supletivo ,sob nº 8942 portaría E/024 SC .

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Morango


O MORANGO (Fragaria vesca)

Como fruta, não há quem não aprecie o morango, seja no seu es­tado natural, seja preparado em conserva.
Antes de ser usado, o morango precisa ser cuidadosamente la­vado, o que é indispensável sob vários pontos de vista. É que os horticultores combatem as pragas dos morangueiros com auxílio de compostos de cobre e outros fungicidas e inseticidas venenosos. E pode haver horticultores não esclarecidos ou inescrupulosos, que reguem suas plantações com água de fossa. Daí o grande perigo de tifo, paratifo e outras moléstias contagiosas.
Se o morango é de procedência duvidosa, deve ser banhado em sumo de limão, que afasta o perigo de que estamos falando.
Quando necessário guardar o morango por um ou dois dias, pode-se colocá-lo em ligeiras camadas sobre uma peneira e guardá-lo em lugar suficientemente fresco.
Composição química 30,00 mcg
Cem gramas de morango contêm:
Calorias 39,40
Agua 90,20 g
Hidratos de carbono 7,40 g
Proteínas 1,00 g
Gorduras 0,60 g
Sais 0,80 g
Vitamina A 100 U.I
Vitamina B1 (Tiamina) 30,00 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) 30,00 mcg
Vitamina Bs (Niacina) 0,28 mg
Vitamina C (Acido ascórbico) 72,80 mg
Os sais do morango, em 100 gramas contêm elementos quími­
cos nas seguintes proporções:
Sódio 50,00 mg
Potássio 147,00 mg
Cálcio 22,00 mg
Silício 12,00 mg
Fósforo 22,00 mg
Ferro 0,90 mg
Cloro 1,60 mg

Uso medicinal

O morango, e, bem assim, o morangueiro, são proclamados so­beranos na arte de curar.
Fruto, folha e raiz são empregados, na medicina doméstica pa­ra combater várias enfermidades.
A raiz, em cozimento, é diurética e adstringente.
As folhas, em cozimento, são prodigiosas para combater a diar­reia crónica.
O maior valor medicinai do morangueiro encontra-se no fruto, que é uma dádiva do Céu.
Gessner e Boerhave receitavam o morango para combater os cálculos.
Gessner e Saquet diziam que o morango tem propriedades anti-úricas.
Apullee aconselhava o morango contra os males dos rins.
Gelnecke dizia que o morango expulsa os vermes, inclusive a solitária.
Schulze, Hoffmann e Galibert recomendavam o morango como re­médio para os catarros pulmonares.
Gubler opinou que uma cura de morangos equivale a uma cura de uvas na diátese úrica e nas afecções hepáticas.
O Dr. Eduardo de Magalhães afirma que o morango é bom para as areias vesicais, os cálculos biliários, a gota, o artritismo e a icte­rícia.


Refere o Dr. Magalhães o caso de um seu amigo que, "sofrendo de fortíssima contrariedade de que resultou congestionar-se o fí­gado e sobrevir icterícia, tal aversão tinha aos alimentos que, du­rante alguns dias, se nutriu exclusivamente de morangos, que só lhe apeteciam. O resultado desse capricho do seu estômago ou, para melhor dizer, do seu instinto, foi ótimo: os morangos o curaram, a icterícia desapareceu, o apetite renasceu e a saúde voltou".
No tratamento das pedras da bexiga, o suco de morangos es­premidos, tomado de manhã, na dose de uma colher das de sopa, alivia as dores e previne a formação de novos cálculos.
Numerosos clínicos apregoam a eficácia do morango no com­bate à gota. Lineu, Graves, Pasteur, Saquet e muitos outros com­provaram a eficiência desse soberano remédio.
Para Lineu, o morango era remédio incomparável no combate à podagra. Certa vez esse botanista se achava fortemente atacado de gota. Sua mulher lhe ofereceu morangos. Ele comeu um prato inteiro e melhorou rapidamente da doença. Esse fato levou-o a continuar fazendo largo uso dessa fruta, até que chegou a sarar do mal que o afligia. Isso foi em 1750. No ano seguinte, todavia, foi o eminente sábio sueco novamente incomodado pela moléstia, e seu estado agravou-se de tal maneira que ele mal podia mover-se. Certa vez, galgando com muita dificuldade a escadaria do palácio real de Drotningholm, encontrou-se com a rainha. Esta, imensamen­te comovida, perguntou-lhe o que poderia fazer por ele. O cientis­ta apenas manifestou o anelo de conseguir um prato de morangos, fruta difícil de obter, então. A piedosa rainha, entretanto, arranjou, porém não sem dificuldade, boa porção de morangos
. Lineu os de­vorou avidamente, sarando logo em seguida.
A notícia dessa cura foi divulgada por toda parte, e despertou grande interesse na classe médica. As Sociedades de Ciência e de Medicina fizeram novas experiências, confirmando o milagre re­velado pelo naturalista sueco, que se livrara da gota que o havia atormentado.
Em consequência desse fato, aumentou de tal forma a procura pelo morango, que seu preço subiu espantosamente: foi para oito vezes mais do que até então havia custado no mercado.
Muitos médicos, então, se tornaram advogados da cura de mo­rango, chegando a prescrever aos pacientes até sete ou oito quilos por semana, o que em alguns casos acarretava diarreia.
"O morango, cuja função anti-artrítica foi descoberta por Lineu", diz o Dr. Alberto Seabra, "mantém a sua velha reputação contra a gota e o reumatismo. Parece que nele existe, em forte proporção, um salicilato, e, ao tomar medicamentos, não há como procurá-los em organismos vivos, plantas ou frutas. Alguns não são dessa opi­nião e preferem substâncias químicas, isoladas no laboratório e des­tituídas desse quid vital inimitável e que não passa nas retortas".
O reumatismo, sob suas diversas formas, mesmo o reumatismo articular, encontra, sem dúvida, um bom remédio no morango.
O morango, amassado com mel, é bom remédio para os males dos rins.
No tratamento do catarro pulmonar, mesmo havendo febre e marasmo, o morango opera milagres. As pessoas biliosas obtêm, igualmente, bons resultados.
O morango é digestivo, pelo que seu uso se recomenda nos casos de dispepsia.
O cozimento da raiz e das folhas é diurético e adstringente.
O morango é rico em ferro, em forma de fácil assimilação, pelo que representa um alimento precioso no combate à anemia.
A cura de morango
A cura de morango foi preconizada por Gubler contra a gota, as afecções hepáticas, as litíases úricas e biliares, as afecções vesicais e o reumatismo. O doutor clínico indicava em tais casos a in­gestão diária de 300 a 500 g dessa fruta.
Valor alimentício
O morango, só ou em mistura com outros alimentos, presta-se para uma refeição saudável e nutritiva
A adição de coalhada ou creme fresco, diz o Dr. Paul Carton, favorece a digestão do morango e facilita o metabolismo dos seus ácidos.
O Dr. Laguna Alfranca recomenda, para uma refeição matinal, meia xícara de morango em mistura com meia xícara de iogurte, com um pouco de mel ou melado.
No desjejum, em vez de se dar café às crianças, não há coisa melhor do que oferecer-lhes uma "vitamina" - um suco preparado, instantaneamente, com frutas passadas no liquidificador - e para este fim é muito bom o morango, puro ou misturado com outras fru­tas, como mamão, laranja, etc.
Sempre que possível, deve-se preferir o morango, como aliás, qualquer outra fruta, ao natural. O cru é incomparavelmente melhor do que o cozido. Todavia, também na execução de inúmeras recei­tas - bolos, tortas, pudins, geléias, cremes, caldas - o morango pres­ta bons serviços.
Entre os europeus é muito comum preparar morangos em con­serva, o que também se faz com o pêssego, a ameixa, a pêra, etc.


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