TRATAMENTOS DE CURA ATRAVÉS DA NATUREZA

TRATAMENTOS DE CURA ATRAVÉS DA NATUREZA A Medicina Natural é a ciência da investigação e da aplicação das leis naturais no dia-a-dia de cada um de nós. Por meio dela podemos atingir excelentes condições de saúde,prevenindo sofrimentos e aprendendo a vivenciar a essência fundamental do Universo.Neste trabalho ; pretendo realizar uma abordagem de aproximação das terapias ocidentais, com práticas milenares orientais. Reniti Wandscheer Prof.Terapêutica....Reg Secretaría de Ensino Supletivo ,sob nº 8942 portaría E/024 SC .

domingo, 11 de janeiro de 2009

Mamão

O MAMÃO
(Carica papaya)
A história do mamão no continente americano remonta a Ponce de Leon, que, depois de ter desembarcado nas praias da Flórida, escreveu ao rei da Espanha, contando sua jornada em busca de ju¬ventude. Disse, na sua carta, o seguinte:
"Os índios preparam a carne para cozinhar envolvendo-a, mui¬tas horas antes de levá-la ao fogo, com folhas de uma árvore que produz um delicioso melão, o qual se come cru, tendo sabor deli¬cioso. E esse processo torna a carne tão tenra que suas fibras se separam facilmente com os dedos".
O mamão é uma das melhores frutas do mundo, tanto pelo seu valor nutritivo, como pelo seu poder medicinal. Um dos seus mais importantes princípios é a papaína, reconhecida como superior à pepsina e muito usada para prestar alívio nos casos de indigestão aguda. Também tem efeitos benéficos sobre os tecidos vivos.
O leite de mamão está tendo tantas e tão variadas aplicações nos Estados Unidos que já existe nesse país uma florescente indústria destinada a colhê-lo, manipulá-lo e vendê-lo enlatado.

Cem gramas de mamão contêm:
Calorias
Água
Hidrates de carbono
Proteínas
Gorduras
Sais

(230)


Vitamina A
Vitamina B1 (Tiamina) Vitamina B2 (Riboflavina) Vitamina B5 (Niacina) Vitamina C (Ácido ascórbico)
Os sais do mamão, em 100 gramas, apresentam as seguintes proporções:
Fósforo 26,00 mg
Cálcio 21,00 mg
Ferro 0,80 mg
Uso medicinal
Observado no microscópio, o mamão revela possuir grandes glóbulos de gordura.
O exame microscópico mostra também que o mamão encerra um fermento solúvel, a papaína, mais abundante no fruto verde do que no maduro. Daí a prática, aliás muito comum, de riscar o fruto longitudinalmente, para apressar-lhe a maturação, pois as incisões eliminam grande porção do látex nele contido.
Referindo-se à papaína, diz o Dr. L. Beille:
"Esta diástase ataca energicamente a fibrina, dissolvendo-a co¬mo a pepsina, mas ela se distingue desta última pelo fato de que sua ação pode realizar-se não somente num meio ligeiramente áci¬do, mas também num meio neutro ou alcalino".
Deitando-se um mamão maduro nágua, de modo a desfazer-se, se obtém uma solução mucilaginosa, a qual, filtrada, precipita uma substância que produz uma goma amarela, sem gosto e sem cheiro especial, e que, em presença dos ácidos diluídos, se transforma em glicose.
Fruto
O mamão maduro é digestivo, diurético, emoliente, laxante, refrescante, etc.
O Dr. Domingos D'Ambrósio afirma que o mamão "é diurético, laxante e oxidante, particularmente quando se come com as semen¬tes, que contêm a papaína, fac-simile da pepsina".
"O mamão é muito alimentício", diz o Dr. Deodato de Morais "sendo receitado pêlos médicos nas doenças do estômago e dos intestinos".
O Dr. John Harvey Kellogg proclamou o mamão "o mais poderoso digestivo que se conhece", recomendando entusiasticamente seu uso a todos os que sofriam de dificuldades digestivas, pois o estô¬mago sensível, que não pode tolerar comida, encontra nessa fruta um alimento delicioso e calmante, capaz de dar ao referido órgão o descanso necessário ao processo curativo.
O Bureau of Plant Industry, do Departamento de Agricultura dos EEUU, publicou: "O mamão possui peculiares e valiosas pro¬priedades digestivas que o tornam de grande valor na dieta". E a experiência prova que a papaína, fermento solúvel fornecido pelo mamão, é capaz de digerir rapidamente duzentas vezes seu pró¬prio peso em proteínas.
"O mamão, alimentício, abundante de substância mucilaginosa e de fermentos digestivos, é muito bom para aconselhar aos dispépti-cos", afirma o Dr. Alberto Seabra.
O Dr. Raul Herreaux afirma:
"Para todas as enfermidades do estômago e intestinos, o ma¬mão é sem rival. Graças ao seu conteúdo em papaína, um fermento mui ativo, que, na minha opinião, é muito superior à pepsina animal, é (o mamão) uma grande dádiva da Natureza à humanidade... Em casos severos de indigestão e gastrite, onde a assimilação de alimentos causa grande angústia, eu prescrevia uma dieta cons¬tante exclusivamente de mamão por vários dias, e verifiquei que era o bastante para restaurar a saúde ao paciente... Também contra a prisão de ventre crónica, achei que o mamão é o remédio mais eficaz".
O Dr. Teófilo L. Ochoa ensina:
"O mamão comido em jejum, de manhã, é eficaz contra a dia¬bete, a asma e a icterícia. É também bom depurativo do sangue e estomacal proveitoso...
"A papaína (fermento do mamão) tem sido aclamada como uma valiosa ajuda nos casos crónicos dos males do estômago, putre-fação intestinal, prisão de ventre, flatulência...
"Na China ... a polpa é secada e empregada para reduzir in¬chações e inflamações dos pés, e também para combater o reumatis¬mo, caso em que a tomam em cozimento.
"Nas Antilhas prepara-se um xarope do suco da fruta madura, cozida ao forno com bastante açúcar. Esse xarope é eficaz contra a tosse dos tuberculosos do último grau, e, em geral, também con¬tra todas as enfermidades do peito. Tomam-se várias colheradas por dia.
"O mamão maduro, esfregado sobre a pele, tira as manchas, suaviza a cútis áspera e elimina as rugas produzidas pela idade. As mulheres nativas consideram o suco de mamão como seu melhor cosmético.
"O mamão miúdo e ácido emprega-se aberto, em forma de ca¬taplasmas, nas anginas".
Látex
O leite que se obtém ao cortar o mamão, é tido como excelente antelmíntico, tendo também outras aplicações.
Prescreve o Dr. Teófilo L. Ochoa:
"O suco leitoso do fruto tem sido utilizado para dissolver as falsas membranas da garganta em casos de difteria. Desse efeito do látex, faz muitos anos, já se havia convencido o Dr. Manyan, de Palm Beach. Tem sido usado igualmente contra os calos e as verrugas.
"Esse suco também se emprega como vermífugo, ministran¬do-se meia onça (uns 15 gramas) de suco diluído em meia xícara de água adoçada com mel. (Essa dose é para criança de 2 a 7 anos). Meia hora depois, dá-se um purgante, preferivelmente de óleo de rícino com um pouco de suco de limão. Para crianças, maiores au¬menta-se a dose do suco leitoso, e, segundo o caso, pode-se tam¬bém ministrar, no mesmo dia, esse suco simplesmente diluído em água quente, em forma de enema".
Flores do mamoeiro macho
As flores têm grande aplicação como remédio para combater a rouquidão, a tosse, a bronquite, a traqueíte, a laringite. Coloca-se um punhado de flores, com um pouco de mel, numa vasilha resisten¬te à água fervendo. Deita-se por cima um copo de água a ferver. Tapa-se bem. Deixa-se esfriar. Toma-se às colheradas de hora em hora.
"A infusão das flores do mamoeiro macho, assim preparada, constitui um bom xarope para ser usado nos casos de tosse e influ-enza", diz o Dr. Lourenço Granato.
O Dr. Monteiro da Silva ensina que esse mesmo xarope é um remédio para as indisposições gástricas oriundas dos resfriados e afirma que pode ser usado contra a bronquite das crianças.
Sementes
Muitos sabem que a semente do mamão é um bom vermífugo, mas ignoram que ela tem igualmente outras aplicações na medicina doméstica.
"Afirma-se", diz o Dr. Teófilo L. Ochoa, "que as sementes comidas em certa quantidade são eficazes contra o câncer e proveitosas contra a tuberculose.
"Umas 10 ou 15 sementes frescas, bem mastigadas, favorecem eficazmente a excreção da bílis, atuam contra as enfermidades do fígado e limpam o estômago.
"As sementes secas e moídas, em cozimento constituem um bom carminativo ..., um magnífico emenagogo e um vermífugo de pri¬meira ordem.
"Contra os vermes intestinais emprega-se de uma só vez, uma colherinha ou mais, de sementes pulverizadas, misturadas com mel de abelhas. Repete-se a dose duas ou três vezes ao dia.
As raízes do mamoeiro, em decocção. são um tónico para os nervos e um remédio para as hemorragias renais.
Também possuem propriedades antelmínticas. Cozinha-se um punhado em uma ou duas xícaras de água, adoça-se com mel, e toma-se durante o dia.
Folhas
As folhas do mamoeiro têm aplicação no preparo de um chá digestivo, que pode ser dado livremente às crianças, visto ser ino¬fensivo, não contendo teína ou mateína, como o chá-da-ribeira ou o chá-ma te.
Nos Estados Unidos, as folhas verdes do mamoeiro costumam ser secadas e reduzidas a pó, e empregadas na confecção de re¬médios digestivos.
Na Venezuela, as folhas são usadas, em decocção, com ótimos resultados, contra os vermes intestinais.
O suco leitoso extraído das folhas encerra excelentes proprie¬dades vermífugas, e, segundo o Dr. Vinson, é o antelmíntico mais enérgico que se conhece. Usa-se diluído em água.
Esse mesmo suco leitoso das folhas tem também utilidades tera¬pêuticas como digestivo e vulnerário. Em diversos lugares, os nati¬vos o usam para tratar eczemas, verrugas, úlceras, chagas.
Valor alimentício
O mamão, quando maduro, é uma fruta saborosa e nutritiva.
O fruto maduro, se é algo amargo, isto é, se contém doses apre¬ciáveis de papaínas, possui boas qualidades digestivas.
O mamão é um alimento aperiente e ideal para o desjejum, pois satisfaz as exigências nutrimentaís do organismo, de manhã, e limpa o aparelho digestivo. Contribui, além disso, para a manuten¬ção do equilíbrio ácido-alcalino do corpo, e, nesta sua função, sobrepuja o próprio melão, que é considerado um dos melhores álcali--formadores.
O mamão presta-se para admiráveis combinações com outras frutas — figos, ameixas, uvas — frescas ou secas, podendo ser comido ao natural, ou com mel de abelhas.
Quandp o mamão não é muito doce, ou, mesmo, quando é pro-nunciadamente amargo, não é necessário desprezá-lo: pode-se apro¬veitá-lo para o liquidificador, em mistura com outras frutas e um pouco de mel, no preparo de uma saudável "vitamina".
O mamão não deve faltar na alimentação diária das crianças, pois que lhes é muito benéfico para a saúde e lhes favorece o cres¬cimento.
Na confecção de doces, geléias, empadas, xaropes, ou outras guloseimas, o mamão perde grande parte dos seus sais e das suas vitaminas, pelo que se deve comê-lo, sempre que possível, cru.
O mamão verde dá um doce que toda dona de casa, sem dúvida, já experimentou fazer, mas o que nem todas sabem é que em diversos lugares, o mamão verde é usado cozido, com sal, azeite, etc., como abóbora.
O centro meduloso do tronco do mamoeiro, raspado e secado, é uma guloseima semelhante ao coco ralado. Encerra boas propriedades nutritivas. Em alguns lugares é aproveitado no preparo de rapaduras.


quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Maçã


A MAÇÃ
(Pyrus malus)
A maçã é produto de uma árvore de porte mediano, da famí¬lia das Rosáceas, originária da Ásia Central e das regiões do Cáu-caso. Da Europa, foi trazida ao Brasil, e se aclimatou nos Estados do Sul.
Composição química
Cem gramas de maçã contêm:
Calorias 63,20
Agua 84,40 g
Hidrates de carbono 14,20 g
Proteínas 0,40 g
Gorduras 0,50 g
Sais 0,42 g
Vitamina A 40 U.l.
Vitamina B1 (Tiamina) 45,00 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) 100,00 mcg
Vitamina B5 (Niacina) 0,50 mg
Vitamina C (Acido ascórbico) 8,00 mg
Os sais da maçã, contidos em 100 gramas, oferecem as se¬
guintes proporções:
Potássio 127,00 mg
Fósforo 12,00 mg
Sódio 11,00 mg
Magnésio 8,00 mg
Enxofre 7,00 mg

"Em forma de cataplasmas, (a maçã) é eficaz contra as tosses fortes.
"Uma dieta composta principalmente de maçã verificou-se ser excelente para curar o alcoolismo e o tabagismo...
"A maçã assada ... é excelente para fortalecer o cérebro, bem como para combater a pneumonia, a bronquite, as tosses rebeldes, etc., casos em que se come todas as manhãs, em jejum. Contra a rouquidão e os resfriados, recheia-se a maçã com mel de abelhas.
"O xarope de maçã é magnífico para tratar a demência, a de¬bilidade cardíaca, a hipocondria, para fortalecer o estômago e para fazer baixar a febre...
"Finalmente, para combater as hemorróidas, não há nada melhor que comer maçã...
"A cura de maçã ... produz magníficos resultados nas seguin¬tes enfermidades: obesidade, reumatismo, gota, artrite, arterios¬clerose, diabete, sífilis, cálculos, albuminúria, dermatoses crónicas, enfermidades do sistema nervoso, sudações profusas, etc. Aos en¬fermos do estômago recomenda-se fazer uma cura mista, de maçã com coalhada ou leite cru".
Para realizar uma cura de maçã, procede-se da seguinte manei¬ra: No primeiro dia come-se um quilo repartido em várias refeições. Nos dias seguintes aumenta-se sucessivamente a quantidade até dois quilos ou mais. Se a maçã não foi tratada quimicamente com conser-vantes, pode-se comê-la com casca, desde que seja ralada ou muito bem mastigada. A duração da cura pode ser de alguns dias ou mesmo de duas ou três semanas. A quantidade, a forma de prepa¬ração, etc., é conforme a enfermidade a ser combatida. Se, durante o tratamento, houver alguma crise ou algum transtorno de certa importância, suspender-se-á a cura temporariamente.
"A cura de maçã", diz o Dr. Indiveri Colucci, "é capaz de vencer todos os desarranjos do aparelho digestivo, desde a mortal diarreia infantil, ... até a anormalidade dos intestinos adultos mais rebeldes e dos estômagos mais enfermos. A maçã purifica o organismo, de-sinfeta e cura sem prejudicar; é o mais apropriado fruto para doentes dos órgãos digestivos, normalizador por excelência e eupéptico de valor incontestável...
"Tenho em meu poder", escreve ainda o Dr. Powell, "o relatório de um menino cujo pé foi esmagado num acidente. Aplicaram maçã ralada ao membro muito machucado e a cura foi completa".
"A maçã...", diz o Dr. Deodato de Morais, "é um excelente alimento do cérebro porque contém muito ácido fosfórico numa forma facilmente digerível; excita a ação do fígado, provoca o sono tran¬quilo, desinfeta a boca, ajuda as secreções renais, impede a formação dos cálculos, evita as indigestões e é um dos melhores preventivos contra as afecções da garganta".
Daremos agora a palavra ao Dr. Demétrio Laguna Alfrança:
"Na guerra de 1914 observou-se que alguns soldados padeciam de colite e disenteria. Orientados pelo instinto, comiam frutas e me¬lhoravam. Estes fatos, submetidos a rigoroso controle médico, em observações reiteradas, convenceram a classe médica acerca das propriedades adstringentes contidas em diversas frutas, entre as quais se incluía a maçã. Aqui vemos como o instinto, a menos que esteja adulterado, ainda que à primeira vista possa parecer arbitrário e paradoxal (comer frutas em caso de diarreia!), é mais razoável que os cálculos dos médicos. O como e o porquê da cura, veio depois, como acontece sempre. Surgem os fatos primeiramente, e vêm depois as interpretações patogêniças e causais... A eficácia da maçã nas diarreias deve-se a vários fatores. As vitaminas, o ácido málico, os fermentos, o tanino e a pectina que esta fruta con¬tém, cooperam para isso".
O Dr. Leo Manfred ensina:
"A maçã, comida com casca, é muito boa para combater a pobre¬za de sangue. É excelente na anemia cerebral".
O Dr. A. M. Liebstein diz:
"A maçã é uma excelente fruta alcalina e terapeuticamente eficaz em todas as condições de acidose, gota, reumatismo, icterícia e em todos os transtornos do fígado e da vesícula, bem como nas enfermi¬dades dos nervos e da pele, causadas por um fígado preguiçoso, pela hiperacidez e por estados de autointoxicação".
O Dr. Teófilo Luna Ochoa recomenda a maçã "contra o esgo¬tamento nervoso e cerebral" e contra muitos outros casos. Eis al¬gumas das suas indicações:
"Em forma de cataplasmas, (a maçã) é eficaz contra as tosses fortes.
"Uma dieta composta principalmente de maçã verificou-se ser excelente para curar o alcoolismo e o tabagismo...
"A maçã assada ... é excelente para fortalecer o cérebro, bem como para combater a pneumonia, a bronquite, as tosses rebeldes, etc., casos em que se come todas as manhãs, em jejum. Contra a rouquidão e os resfriados, recheia-se a maçã com mel de abelhas.
"O xarope de maçã é magnífico para tratar a demência, a de¬bilidade cardíaca, a hipocondria, para fortalecer o estômago e para fazer baixar a febre...
"Finalmente, para combater as hemorróidas, não há nada melhor que comer maçã...
"A cura de maçã ... produz magníficos resultados nas seguin¬tes enfermidades: obesidade, reumatismo, gota, artrite, arterios¬clerose, diabete, sífilis, cálculos, albuminúria, dermatoses crónicas, enfermidades do sistema nervoso, sudações profusas, etc. Aos en¬fermos do estômago recomenda-se fazer uma cura mista, de maçã com coalhada ou leite cru".
Para realizar uma cura de maçã, procede-se da seguinte manei¬ra: No primeiro dia come-se um quilo repartido em várias refeições. Nos dias seguintes aumenta-se sucessivamente a quantidade até dois quilos ou mais. Se a maçã não foi tratada quimicamente com conser-vantes, pode-se comê-la com casca, desde que seja ralada ou muito bem mastigada. A duração da cura pode ser de alguns dias ou mesmo de duas ou três semanas. A quantidade, a forma de prepa¬ração, etc., é conforme a enfermidade a ser combatida. Se, durante o tratamento, houver alguma crise ou algum transtorno de certa importância, suspender-se-á a cura temporariamente.
"A cura de maçã", diz o Dr. Indiveri Colucci, "é capaz de vencer todos os desarranjos do aparelho digestivo, desde a mortal diarreia infantil, ... até a anormalidade dos intestinos adultos mais rebeldes e dos estômagos mais enfermos. A maçã purifica o organismo, de-sinfeta e cura sem prejudicar; é o mais apropriado fruto para doentes dos órgãos digestivos, normalizador por excelência e eupéptico de valor incontestável...
"A cura de maçã é muito depurativa e está indicada como útil nas doenças crónicas do sistema nervoso dos adultos, em especial na debilidade nervosa, no artritismo em geral, nas doenças crónicas da pele, na sífilis, na obesidade, bem como em qualquer doença orgânica, e, em especial, para regular o organismo nas suas funções digestivas".
"As flores da macieira usam-se como peitorais e antiespasmó-dicas, em infusão, a 30:1000". — Dr. Raul D'Oliveira Feijão.
A casca da raiz da macieira, em decoccão, é útil para debelar os acessos de febre.
Valor alimentício
"A maçã é a rainha das frutas", afirma-se em muitos lugares. Possui valiosas qualidades nutritivas, como indicamos no começo deste capítulo.
Os médicos antigos aconselhavam comer uma maçã antes de ir para a cama.
Leão XIII, ao cear, comia diariamente quatro maçãs para res¬taurar o equilíbrio do seu organismo cansado.
Os ingleses dizem: "One apple a day keeps the doctor away" (Uma maçã por dia mantém o médico distante).
Dado seu elevado conteúdo em vitaminas (A, B1, B2, C) e em sais, especialmente de potássio, fósforo, sódio, ferro, etc., é um alimento especial para as crianças fracas, para as pessoas que exercem ati-vidades mentais, para as mães que amamentam e para os conva¬lescentes. Comendo maçãs cruas, bem maduras, sentir-se-ão me¬lhor e mais fortes do que tomando "tónicos" que, na realidade, não são o que seus rótulos alegam.
Maçã é muito bom especialmente para os indivíduos que so¬frem de transtornos vários em virtude de terem durante muito tem¬po abusado dos alimentos cárneos, dos pescados, etc.
Sempre que higienicamente possível, deve-se comê-la com a casca e com as sementes, para aproveitar todos os seus sais e vitaminas. Os doentes do estômago devem comê-la descascada.
A maçã pode ser consumida crua, assada, cozida, em marme¬ladas, geléias, doces diversos, sucos, etc.
Tudo que aqui dissemos não significa que a maçã seja superior aos produtos das árvores nacionais. É, sem dúvida, alimentícia e medicinal, e, como tal, devemos usá-la como complemento, mas nunca como substituto das frutas brasileiras. Além disso, em certos lugares onde a maçã é muito cara, é preferível que empreguemos nosso dinheiro na compra de frutas bem brasileiras — como o aba¬caxi, o abacate, a banana, a goiaba, a laranja, a manga, etc. — que não são menos nutritivas e terapêuticas.

terça-feira, 8 de julho de 2008


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terça-feira, 17 de junho de 2008

Ameixa


A AMEIXA
(Prunus domestica)
A ameixa é produzida por uma árvore da família das Rosáceas, a ameixeira, que é originária da Pérsia, do Cáucaso e da Ásia Menor.
Aclimatada nos Estados do Sul, apresenta certo número de va­riedades.
Gorduras
Ameixa amarela 0,50 g
Ameixa branca 0,10 g
Ameixa preta 0,10 g
Sais 0,50 g
Vitamina A
Ameixa amarela 300 U.l.
Ameixa vermelha 2000 U.l.
Vitamina B1 (Tiamina)
Ameixa amarela 60 mcg
Ameixa vermelha 120 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina)
Ameixa amarela 50 mcg
Ameixa vermelha 150 mcg
Vitamina B5 (Niacina)
Ameixa amarela 0,45 mg
Ameixa vermelha 0,37 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico)
Ameixa amarela 6,10 mg
Ameixa vermelha 6.80 mg
Os sais da ameixa fresca, em 100 gramas, oferecem as seguintes proporções:
Potássio 203,0 mg
Fósforo 32,0 mg
Cálcio 20,0 mg
Sódio 19,0 mg
Magnésio 6,0 mg
Silício 2,3 mg
Ferro 0,7 mg
Uso medicinal
Graças ao seu conteúdo em magnésio, sódio e potássio, a amei­xa é laxativa, recomendando-se contra a prisão de ventre obstinada.
Põem-se umas 15 ameixas de molho à noite, e, de manhã, comem-se as ameixas e bebe-se o caldo.
Esse mesmo caldo, misturado com suco de limão, encerra pro­priedades anafrodisíacas.
A ameixa fresca é eficaz contra as hemorróidas e a hipocondria.
Diurética como é, recomenda-se contra as afecções, de caráter inflamatório, das vias urinárias.
É, ainda, desobstruente do fígado, depurativa do sangue e de-sintoxicante do aparelho digestivo, pelo que se emprega com êxito nas afecções febris do estômago e do intestino.
Em caso de fraqueza geral e, especialmente, quando há debili­dade cerebral, a ameixa presta bons serviços, em virtude de sua elevada taxa de fósforo.
No tratamento das afecções das vias respiratórias (anginas, ca-tarros, etc.), a ameixa é muito útil.
"A ameixa fresca", diz o Dr. Teófilo Luna Ochoa, "é um magnífico agente terapêutico contra as enfermidades causadas pêlos ácidos, principalmente pelo ácido úrico, tais como o reumatismo, a artrite, a gota, a arteriosclerose, a nefrite, etc., ácidos esses originados por uma alimentação excessiva, à base de proteínas".
O Dr. Ochoa, outrossim, recomenda a ameixa como eficaz re­médio contra a pelagra.
O Dr. Henrique Roxo diz que a ameixa é um anti-nevrálgico ciliar.
Para se fazer uma cura de ameixa, segundo o Dr. Indiveri Colu-cci, procede-se da seguinte maneira:
Obter uma porção de ameixas boas, necessária para 24 horas. Escaldá-las duas ou três vezes, com água fervendo. Pô-las numa tigela, cobri-las com água e deixá-las de molho por 12 a 24 horas. No primeiro dia, em jejum, comer 8 ameixas frias ou aquecidas em banho-maria; no segundo dia, 10. Aumentar a quantidade, acres­centando duas por dia, até alcançar o desejado efeito laxante, e en­tão continuar tomando a última quantidade, sem novo acréscimoCaso não apareça logo o efeito esperado, aumentar a dose diária, de duas em duas, até aproximadamente 25. Se o intestino ainda continuar preso, comer umas 10 ou 15 ameixas antes de deitar-se, além das que devem ser comidas de manhã, em jejum.
Valor alimentício
A ameixa, consumida ao natural se for fresca, ou demolhada se for seca, é um alimento muito nutritivo e saboroso. É também muito apreciada em compotas, em sopas, em purés, ou em mistura com figos secos, passas de uvas ou nozes raladas.
É um alimento que, por suas propriedades laxativas, convém aos intestinos preguiçosos; que, graças à sua elevada porcentagem em hidrates de carbono, se recomenda aos operários braçais; e que, por causa de seu conteúdo em fósforo, aproveita aos estudantes e aos trabalhadores intelectuais

domingo, 23 de março de 2008

Melancia ( Cucurbita citrullus)


A melancia é produzida por uma planta da família das Cucur-bitáceas, oriunda da índia e aclimatada no Brasil, sendo cultivada em todos os Estados do País. Outro nome botânico para a melancia é Citrullus vulgaris.
Composição química
Em cada 100 gramas de melancia encontram-se:
Calorias 31,00
Agua 92,00 g
Hidratos de carbono 6,90 g
Proteínas 0,50 g
Gorduras 0,20 g
Sais 0,30 g
Vitamina A 408 U.l.
Vitamina B1 (Tiamina) 25,00 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) 35,00 mcg
Vitamina B5 (Niacina) 0,20 mg
Vitamina C (Acido ascórbico) 9,00 mg

Os mais importantes sais contidos em 100 gramas de melancia são formados por:

Fósforo 12,00 mg
Cálcio 7,00 mg
Ferro 0,23 mg


Uso medicinal
A melancia, diz o Dr. Domingos D'Ambrósio. "é levemente la­xante, porém muito diurética. Por isso é indicada no reumatismo, nas ascites e nas obstruções renais".
"Vale mais para um urêmico ou para um gotoso", ensina o Dr. W. F. Friedmann, "uma talhada de melancia do que o melhor dos diuréticos.
"Experiências várias provaram que a água contida na melancia provoca grandes descargas de ácido úrico, limpando, na sua pas­sagem, os filtros renais...
"A melancia ... lava o estômago e os intestinos, dando à ração um volume total que provoca as contrações peristálticas das pare­des do aparelho digestivo, evitando a atonia intestinal, que é a cau­sa das constipações ou prisões de ventre e consequentes estados de melancolia, neurastenia, etc., tão próprias das gerações moder­nas".
O Dr. Demétrio Laguna Alfranca afirma que "a melancia é es­pecialmente indicada para os que padecem de enfermidades das vias urinárias. As pessoas que precisam fazer uma cura desta fruta, devem servir-se do suco da mesma, que não é indigesto nem pesa­do... O suco vai bem nas febres".
Com o uso da melancia, em abundância, curam-se ou comba­tem-se as enfermidades da pele.
O Dr. Leo Manfred aconselha a melancia aos que sofrem de dores e gases intestinais, bem como aos que padecem de afecções das vias respiratórias, como bronquites crónicas, catarros pulmo­nares, etc.
O Dr. Teófilo Luna Ochoa diz que muitos dietistas encontraram na melancia "um remédio contra o reumatismo, a artrite, as enfer­midades dos rins e da bexiga, ... a blenorragia, a acidez estomacal, a dispepsia, a obesidade e a hipertensão arterial, ... e também para aliviar as afecções da garganta, as chagas da boca, e o veemente desejo de tomar bebidas alcoólicas".
Exteriormente, usa-se a melancia no tratamento da erisipela. Apli­ca-se triturada, polpa e casca, em cataplasmas, ou o suco em pin­celadas.
Para combater as febres, toma-se suco de melancia e aplicam-se fatias de melancia diretamente sobre o abdómen.
As sementes oleaginosas da melancia, trituradas, são úteis para o preparo de uma emulsão emoliente, que tem grande utilidade nas inflamações das vias urinárias.
As orchatas preparadas com as semente trituradas acalmam as dores produzidas por ferimentos. Os efeitos comprovados são notáveis.
Em virtude do seu conteúdo em cucurbocitrina, as sementes têm o poder de dilatar os vasos capilares, reduzindo a hipertensão arterial.

Valor alimentício
A melancia é dotada de extraordinário poder refrescante. Num dia de calor, nada tão bom como sentar-se à sombra de uma árvore e comer uma melancia bem madura.
É uma fruta que deve ser comida bem fresca e madura; do contrário produz cólicas e disenterias perigosas.
Devemos usar mas não abusar. Os que abusam desta cucur-bitácea, principalmente quando se trata de criança, muitas vezes são vítimas de diarreia.
A melancia é uma fruta que dificilmente combina com outros ali­mentos sólidos ou líquidos. Devemos, pois, comê-la isoladamente, evitando misturas
.



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domingo, 2 de março de 2008

Maracujá


O MARACUJÁ
(Passiflora macrocarpa)
O maracuiazeiro é uma planta trepadeira da família das Passifloráceas, de que há diversas espécies.
Composição química
Em 100 gramas de maracujá encontram-se:
Calorias 54,60
Agua 88,50 g
Hidrates de carbono 9,60 g
Gorduras 1,80 g
Vitamina A 400 U.L
Vitamina B1 (Tiamina) 150,00 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) 100,00 mcg
Vitamina B5 (Niacina) 1,51 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 15,60 mg
Os mais importantes sais do maracujá, contidos em 100 gramas,
são formados
Fósforo 71,00 mg
Cálcio 53,00 mg
Ferro 1,27 mg

Uso medicinal

No Brasil são conhecidas muitas espécies de maracujá, com diferentes usos na medicina doméstica, a saber:
Maracujá-da-bahia (Passiflora bahiensis) - As folhas, em ba­nhos quentes, têm indicação contra a gota. As sementes são ver­mífugas.
Maracujá-branco (Passiflora capsularis) - A raiz encerra pro­priedades emenagogas. (Comum no Rio).
Maracujá-mirím ou maraculá-de-garapa (Passiflora edulis) - O decocto das folhas, em fomentações, é desobstruente e diurético. Trituradas, aplicam-se as folhas sobre tumores hemorroidários. (Co­mum no Rio).
Maracujá-fedorento (Passiflora foetida) - Aplica-se, em banhos e cataplasmas, na erisipela e nas inflamações cutâneas de modo geral.
Maracujá-do-piauí (Passiflora gardneri) - A raiz contém virtudes emenagogas.
Maracujá-com-folhas-de-louro (Passiflora laurifolia) - As fo­lhas são emenagogas e adstringentes. (Comum no Amazonas).
Maracujá-pintado (Passiflora mucronata) - As sementes são vermífugas. (Encontra-se nos Estados de S. Paulo, Minas e Rio).
Maracujá-peroba (Passiflora picroderma) - o decocto das folhas, em clisteres, alivia as hemorróidas. (Vegeta nos Estados do Norte).
Maracujá-cheiroso (Passiflora sicyoides) - As folhas, em ba­nhos quentes, são aplicadas contra a gota.
Murucuiá (Passiflora murucuia) - Tem propriedades sudoríficas, anti-histéricas e vermífugas.
Sururuca (Passiflora setácea) - Usa-se, em decocção, para com­bater a diarreia crónica.
De modo geral, os maracujás são soníferos.

Valor alimentício

Diversos maracujás podem ser saboreados ao natural, princi­palmente pela sua polpa deliciosa: o maracujá-da-serra, o maracujá--mi, o maracujá-marmelo, o maracujá-norbo, o maracujá-cobra, o ma-racujá-melão, o maracujá-peroba. Para refrescos são muito bons os seguintes: maracujá-guaçu (existem, com este nome, diversas espécies que podem ser usadas), maracujá-pedra, maracujá-de-capo-eira, maracujá-mirim, maracujá-de-folha-de-louro.
O maracujá-mirim pode ser usado em forma de compotas, pu­dins, doces cristalizados.
O maracujá-melão dá uma boa compota.




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domingo, 24 de fevereiro de 2008

TAMARA


A TÂMARA
(Phoenix dactylifera)
A tamareira é uma planta da família das Palmáceas, oriunda do Egito, da África setentrional e da Ásia, e cultivada no Brasil, on­de atinge 8 metros de altura.
Composição química
Em cada 100 gramas de tâmara fresca há:
Calorias 316,00
Agua 20,00 g
Hidrates de carbono 75,40 g
Proteínas 2,20 g
Gorduras 0,60 g
Sais 1,60 g
Vitamina A 150 U.l.
Vitamina B1 (Tiamina) 21,00 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) 1750,00 mcg
Vitamina B5 (Niacina) 4,00 mg
Vitamina C (Acido ascórbico) 30,00 mg


Os sais minerais contidos em 100 gramas de tâmara são for­mador por:
Potássio 611,00 mg
Cálcio 72,00 mg
Fósforo 60,00 mg
Sódio 51,00 mg
Ferro 2,10 mg

Uso medicinal
A tâmara é eficaz contra as enfermidades das vias respira­tórias. O decocto da fruta é uma bebida emoliente, béquica e peitoral, útil para combater a tosse, a bronquite, os catarros.
A tâmara posta de molho dá um macerado muito bom contra as inflamações da garganta.
Tanto o decocto como o macerado têm indicação nas afecções das vias urinárias, na gota e na artrite.
Na diarreia infantil, a tâmara, comida ao natural, produz magní­ficos resultados. Por outro lado, combate a prisão de ventre, e, se usada com leite cura as úlceras estomacais.
A tâmara é um alimento tónico muscular de primeira ordem, sendo excelente em casos de anemia, desnutrição, tuberculose.
Exerce efeito calmante sobre o sistema nervoso e combate a insónia, fortifica o estômago e os intestinos, e combate as colites, as hemorragias e o escorbuto.
A tâmara verde é lactígena, diurética, e útil no tratamento das hemorróidas.
Externamente, nos abscessos e erupções cutâneas em geral, apli­cam-se emplastros de tâmaras maduras.
Valor alimentício
A tâmara é um alimento energético de primeira ordem, própria para atletas e para os que executam trabalhos físicos pesados. Sendo de fácil digestão, mesmo os estômagos debilitados podem di­geri-la bem.

SAPOTI


SAPOTI
(Achras sapota)
O sapoti é o fruto de uma árvore da família das Sapotáceas - sapotizeiro - natural das Antilhas e bem aclimado no Brasil.
Composição química
Em 100 gramas de sapoti encontram-se:
Calorias 54,10
Agua 86,00 g
Hidrates de carbono 13,25 g
Proteínas 0,47 g
Vitamina A 85 U.l.
Vitamina B1 (Tiamina) 20,00 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) 40,00 mcg
Vitamina B5 (Niacina) 0,24 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 6,70 mg
Cálcio 22,00 mg
Fósforo 6,00 mg
Ferro 0,63 mg
Uso medicinal
As sementes de sapoti, trituradas, em decocção, são diuréti­cas e úteis no tratamento da litíase vesical. São também aperientes. A casca da árvore, em decocção, é febrífuga e adstringente.
Valor alimentício
O sapoti é uma das frutas mais apreciadas no Brasil. É delicada e deliciosa. Sua polpa é um creme cheio de doçura. Devemos co­mê-la ao natural, embora ela também se preste para a confecção de doces.

Pêra


PÊRA
(Pyrus communis)
A pêra é produto de uma árvore de porte alto, de tronco grosso, originária da Europa Central, onde se encontra em estado silvestre. A pereira se aclimatou nos Estados do Sul do País, mas não dá pêras tão belas e saborosas como as europeias.
Composição química
Cem gramas de pêra contêm:
Calorias 63,60
Água 83,00 g
Hidratos de carbono 15,10 g
Proteínas 0,60 g
Gorduras 0,50 g
sais 0,50 g
Vitamina A 35 U.I.
Vitamina B1 (Tiamina) 40,00 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) 20,00 mcg
Vitamina B5 (Niacina) 0, 15 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 3,50 mg
Cem gramas de pêra contêm sais minerais,cujos elementos constituintes entram nas seguintes proporções:
Potássio 132,00 mg
Sódio 16,00 mg
Cálcio 14,00 mg
Fósforo 13,00 mg
Enxofre 10,00 mg
Magnésio 5,00 mg
Silício 1,50 mg
Ferro 1,mg

Uso medicinal

A pêra tem importância, em primeiro lugar, por ser muito indica­da na hipertensão arterial.
O Dr. Alabor von Halasz fez experiências submetendo pacientes hipertensos a uma cura de pêra. Em geral, bastavam dez ou quinze dias para aparecer o esperado efeito. A pressão arterial baixava consideravelmente.
"A pêra", diz o Dr. Demétrio Laguna Alfranca, "desempenha um papel importante na dieta do hipertenso. Purifica o organismo e exer­ce uma ação diurética evidente.
"Em Alexandria há um famoso médico que trata os enfermos hi­pertensos fundamentalmente com um regime rico em pêras. Ali­menta-os diariamente, durante certo tempo, com um quilo e meio de pêras ... e alguma outra fruta suculenta, de vez que observam o repouso e a calma. Alcança ótimos resultados".
A pêra é também recomendada por suas propriedades diuréticas, mundificantes dos rins, e depurativas do sangue.
É igualmente útil contra a prisão de ventre, a inapetência, as enfermidades digestivas, as febres intestinais.
Henri Leclerc afirma que as folhas da árvore exercem efeito benéfico na inflamação da bexiga e na litíase urinária. São diuré­ticas e úteis também contra a pielonefrite. Usam-se em infusão (10:1000).
Valor alimentício
Por seu elevado teor de açúcares, sais minerais e vitaminas, a pêra é um bom alimento. Deve, sempre que possível, ser consu­mida ao natural, mas também se presta para o preparo de doces e manjares.

sábado, 23 de fevereiro de 2008


PÊSSEGO
(Prunus pérsica)
O pessegueiro é uma árvore da família das Rosáceas, oriunda, segundo Candolle, da China Central, e não da Pérsia, como o nome equivocadamente indica.
Composição química
Em 100 gramas de pêssego há:

Calorias 41,40
Água 89,30 g
Hidrates de carbono 9,40 g
Proteínas 0,70 g
Gorduras 0,10 g
Sais 0,50 g
Vitamina A 3750 U.l.
Vitamina B1 (Tiamina) 40,00 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) 65,00 mcg
Vitamina B5 (Niacina) 0,95 mg
Vitamina C (Acido ascórbico) 26,80 mg
Os sais minerais do pêssego em 100 gramas, são formados por elementos assim distribuído:
Potássio 214,00 m
Fósforo 24,00 mg
Sódio 22,00 mg
cálcio 16,00 mg
Ferro 0,30 mg


Uso medicinal
Segundo o Dr. Deodato de Morais, o pêssego é uma fruta que se recomenda aos diabéticos, gotosos, e tuberculosos.
É, além disso, muito indicado na debilidade pulmonar, nas en­fermidades dos pulmões, nas afecções do fígado, na prisão de ven­tre, nas úlceras cancerosas, herpes, dores reumáticas, hipertensão arterial, anemia.
Tem indicação, também, como colagogo, diurético, depurativo do sangue, desintoxicante.
O macerado do caroço triturado regulariza o fluxo menstrual. O caroço moído, misturado com uma gema de ovo, é eficaz para estancar as mais fortes hemorragias provocadas por ferimentos. Pro­duz bons efeitos, também, contra a hemofilia.
Externamente aplicadas, as folhas amassadas exercem efeitos sedativos.
As flores em infusão, com água ou leite, ou preparadas em forma de xarope, constituem um bom laxante infantil. O infuso é igualmente recomendado como diurético, vermífugo e útil contra a coqueluche.
As folhas frescas, amassadas, ou as secas, moídas, têm apli­cação externa nas chagas gangrenosas e em toda epécie de erupções cutâneas.
A goma que exsuda do pessegueiro, durante o verão, dá bons resultados contra as tosses mais rebeldes. Emprega-se somente meia colher das de café em uma xícara de leite quente.
Afirma-se que tanto as folhas do pessegueiro, como a amêndoa contida no caroço do pêssego, são tóxicas.
Valor alimentício
O pêssego só deve ser colhido maduro e consumido logo depois de apanhado.
Comido em excesso ou quando não bem maduro, o pêssego torna-se indigesto, especialmente para os estômagos delicados
Devemos evitar o erro de comer pêssego como sobremesa, es­pecialmente após uma refeição em que tinha havido uma mistura de pratos.
Para podermos aproveitar ao máximo as suas qualidades medi­cinais e nutritivas, devemos comê-lo ao natural.
O pêssego, não obstante se presta muito bem para a confecção de conservas, doces, compotas. Quem ainda não saboreou uma gostosa pessegada?

Tangerina,bergamota,

f
TANGERINA
(Citrus nobilis)
A tangerina é produzida por uma árvore da família das Rutá-ceas. Originária da China, acha-se aclimatada no Brasil. Chama-se também mexerica ou bergamota.
Composição química
Em 100 gramas de tangerina encontram-se:
Calorias 50,00
Agua 87,10 g
Hidrates de carbono 10,90 g
Proteínas 0,80 g
Gorduras 0,60 g
Sais 0,60 g
Vitamina A 3015 U.l.
Vitamina B1 (Tiamina) 100,00 mcg
Vitamina C (Acido ascórbico) 46,80 mg
Os mais importantes sais da tangerina, contidos em 100 gramas. provêm de:
Sódio 216,00 mg
Cálcio 41,00 mg
Fósforo 18,00 mg
Enxofre 9,00 mg
Magnésio 5,55 mg
Ferro 0,30 mg
Uso medicinal
A tangerina é uma fruta muito útil contra a arteriosclerose, a debilidade da vista por causa de endurecimentos, a gota, o reuma­tismo, os cálculos, os tumores (adenomas, condromas, fibromas, gliomas, lipomas, miomas, mixomas, neuromas, osteomas), quis­tos recentes, endurecimentos cálcicos, cristalizações de ácido úrico, etc.
Graças ao seu conteúdo em fósforo e cálcio, a tangerina favore­ce o desenvolvimento do esqueleto; com o seu magnésio ela tonifica as articulações e os músculos, e beneficia os intestinos e o sistema nervoso; com as suas vitaminas ela se recomenda contra as infecções, a neurite e o escorbuto.
Valor alimentício
A tangerina é um valioso alimento se consumida ao natural. Seu suco é uma bebida muito saudável e nutritiva. Presta-se tam­bém para a confecção de doces

Morango


O MORANGO (Fragaria vesca)

Como fruta, não há quem não aprecie o morango, seja no seu es­tado natural, seja preparado em conserva.
Antes de ser usado, o morango precisa ser cuidadosamente la­vado, o que é indispensável sob vários pontos de vista. É que os horticultores combatem as pragas dos morangueiros com auxílio de compostos de cobre e outros fungicidas e inseticidas venenosos. E pode haver horticultores não esclarecidos ou inescrupulosos, que reguem suas plantações com água de fossa. Daí o grande perigo de tifo, paratifo e outras moléstias contagiosas.
Se o morango é de procedência duvidosa, deve ser banhado em sumo de limão, que afasta o perigo de que estamos falando.
Quando necessário guardar o morango por um ou dois dias, pode-se colocá-lo em ligeiras camadas sobre uma peneira e guardá-lo em lugar suficientemente fresco.
Composição química 30,00 mcg
Cem gramas de morango contêm:
Calorias 39,40
Agua 90,20 g
Hidratos de carbono 7,40 g
Proteínas 1,00 g
Gorduras 0,60 g
Sais 0,80 g
Vitamina A 100 U.I
Vitamina B1 (Tiamina) 30,00 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) 30,00 mcg
Vitamina Bs (Niacina) 0,28 mg
Vitamina C (Acido ascórbico) 72,80 mg
Os sais do morango, em 100 gramas contêm elementos quími­
cos nas seguintes proporções:
Sódio 50,00 mg
Potássio 147,00 mg
Cálcio 22,00 mg
Silício 12,00 mg
Fósforo 22,00 mg
Ferro 0,90 mg
Cloro 1,60 mg

Uso medicinal

O morango, e, bem assim, o morangueiro, são proclamados so­beranos na arte de curar.
Fruto, folha e raiz são empregados, na medicina doméstica pa­ra combater várias enfermidades.
A raiz, em cozimento, é diurética e adstringente.
As folhas, em cozimento, são prodigiosas para combater a diar­reia crónica.
O maior valor medicinai do morangueiro encontra-se no fruto, que é uma dádiva do Céu.
Gessner e Boerhave receitavam o morango para combater os cálculos.
Gessner e Saquet diziam que o morango tem propriedades anti-úricas.
Apullee aconselhava o morango contra os males dos rins.
Gelnecke dizia que o morango expulsa os vermes, inclusive a solitária.
Schulze, Hoffmann e Galibert recomendavam o morango como re­médio para os catarros pulmonares.
Gubler opinou que uma cura de morangos equivale a uma cura de uvas na diátese úrica e nas afecções hepáticas.
O Dr. Eduardo de Magalhães afirma que o morango é bom para as areias vesicais, os cálculos biliários, a gota, o artritismo e a icte­rícia.


Refere o Dr. Magalhães o caso de um seu amigo que, "sofrendo de fortíssima contrariedade de que resultou congestionar-se o fí­gado e sobrevir icterícia, tal aversão tinha aos alimentos que, du­rante alguns dias, se nutriu exclusivamente de morangos, que só lhe apeteciam. O resultado desse capricho do seu estômago ou, para melhor dizer, do seu instinto, foi ótimo: os morangos o curaram, a icterícia desapareceu, o apetite renasceu e a saúde voltou".
No tratamento das pedras da bexiga, o suco de morangos es­premidos, tomado de manhã, na dose de uma colher das de sopa, alivia as dores e previne a formação de novos cálculos.
Numerosos clínicos apregoam a eficácia do morango no com­bate à gota. Lineu, Graves, Pasteur, Saquet e muitos outros com­provaram a eficiência desse soberano remédio.
Para Lineu, o morango era remédio incomparável no combate à podagra. Certa vez esse botanista se achava fortemente atacado de gota. Sua mulher lhe ofereceu morangos. Ele comeu um prato inteiro e melhorou rapidamente da doença. Esse fato levou-o a continuar fazendo largo uso dessa fruta, até que chegou a sarar do mal que o afligia. Isso foi em 1750. No ano seguinte, todavia, foi o eminente sábio sueco novamente incomodado pela moléstia, e seu estado agravou-se de tal maneira que ele mal podia mover-se. Certa vez, galgando com muita dificuldade a escadaria do palácio real de Drotningholm, encontrou-se com a rainha. Esta, imensamen­te comovida, perguntou-lhe o que poderia fazer por ele. O cientis­ta apenas manifestou o anelo de conseguir um prato de morangos, fruta difícil de obter, então. A piedosa rainha, entretanto, arranjou, porém não sem dificuldade, boa porção de morangos
. Lineu os de­vorou avidamente, sarando logo em seguida.
A notícia dessa cura foi divulgada por toda parte, e despertou grande interesse na classe médica. As Sociedades de Ciência e de Medicina fizeram novas experiências, confirmando o milagre re­velado pelo naturalista sueco, que se livrara da gota que o havia atormentado.
Em consequência desse fato, aumentou de tal forma a procura pelo morango, que seu preço subiu espantosamente: foi para oito vezes mais do que até então havia custado no mercado.
Muitos médicos, então, se tornaram advogados da cura de mo­rango, chegando a prescrever aos pacientes até sete ou oito quilos por semana, o que em alguns casos acarretava diarreia.
"O morango, cuja função anti-artrítica foi descoberta por Lineu", diz o Dr. Alberto Seabra, "mantém a sua velha reputação contra a gota e o reumatismo. Parece que nele existe, em forte proporção, um salicilato, e, ao tomar medicamentos, não há como procurá-los em organismos vivos, plantas ou frutas. Alguns não são dessa opi­nião e preferem substâncias químicas, isoladas no laboratório e des­tituídas desse quid vital inimitável e que não passa nas retortas".
O reumatismo, sob suas diversas formas, mesmo o reumatismo articular, encontra, sem dúvida, um bom remédio no morango.
O morango, amassado com mel, é bom remédio para os males dos rins.
No tratamento do catarro pulmonar, mesmo havendo febre e marasmo, o morango opera milagres. As pessoas biliosas obtêm, igualmente, bons resultados.
O morango é digestivo, pelo que seu uso se recomenda nos casos de dispepsia.
O cozimento da raiz e das folhas é diurético e adstringente.
O morango é rico em ferro, em forma de fácil assimilação, pelo que representa um alimento precioso no combate à anemia.
A cura de morango
A cura de morango foi preconizada por Gubler contra a gota, as afecções hepáticas, as litíases úricas e biliares, as afecções vesicais e o reumatismo. O doutor clínico indicava em tais casos a in­gestão diária de 300 a 500 g dessa fruta.
Valor alimentício
O morango, só ou em mistura com outros alimentos, presta-se para uma refeição saudável e nutritiva
A adição de coalhada ou creme fresco, diz o Dr. Paul Carton, favorece a digestão do morango e facilita o metabolismo dos seus ácidos.
O Dr. Laguna Alfranca recomenda, para uma refeição matinal, meia xícara de morango em mistura com meia xícara de iogurte, com um pouco de mel ou melado.
No desjejum, em vez de se dar café às crianças, não há coisa melhor do que oferecer-lhes uma "vitamina" - um suco preparado, instantaneamente, com frutas passadas no liquidificador - e para este fim é muito bom o morango, puro ou misturado com outras fru­tas, como mamão, laranja, etc.
Sempre que possível, deve-se preferir o morango, como aliás, qualquer outra fruta, ao natural. O cru é incomparavelmente melhor do que o cozido. Todavia, também na execução de inúmeras recei­tas - bolos, tortas, pudins, geléias, cremes, caldas - o morango pres­ta bons serviços.
Entre os europeus é muito comum preparar morangos em con­serva, o que também se faz com o pêssego, a ameixa, a pêra, etc.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Muito Bom

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Jardim japones

Lindo este video..assista

Amendoim


O AMENDOIM
(Arachis hypogaea)
Embora o amendoim não seja uma fruta, e, sim, um legume, resolvemos incluí-lo aqui, em caráter de apêndice, porque não poderíamos omitir um vegetal tão importante.
Composição química
Em 100 gramas de amendoim se encontram:
Calorias
Amendoim cru 587,00
Amendoim torrado 600,00
Manteiga de amendoim 593,00
Agua
Amendoim cru 12,40 g
Amendoim torrado 3,20 g
Manteiga de amendoim 7,40 g
Hidrates de carbono
Amendoim cru 14,00 g
Amendoim torrado 23,60 g
Manteiga de amendoim 16,90 g
Proteínas
Amendoim cru 23,70 g
Amendoim torrado 26,90 g
Manteiga de amendoim 27,40 g
Gorduras
Amendoim cru 47,80 g
Amendoim torrado 44,20 g
Manteiga de amendoim 46,20 g
Sais 2,10 g
Uso medicinal
O Dr. Teófilo Luna Ochoa diz que comer amendoim em jejum, com algumas passas, é bom para combater a icterícia.
Afirma também que, comido com sementes de melão ou abóbora, constitui um alimento magnífico para as pessoas que exercem atividades mentais.
Nos casos de desnutrição, debilidade e tuberculose, tem-se recomendado a inclusão do amendoim na alimentação.
Em base de uma série de experiências bem sucedidas, afirma-se que o amendoim é excelente para combater a pelagra e todos os sintomas de deficiência da tiamina, da riboflavina e da piridoxina.
O amendoim é um alimento formador de ácidos, pelo que não convém aos que sofrem de artrite.
Os que têm estômago débil devem evitá-lo, porque pode resultar--Ihes pesado.
Exteriormente, aplica-se o azeite de amendoim nas hemorróidas.
Nas afecções dos ouvidos, especialmente em caso de otalgia, aplica-se em gotas.
Para remover as manchas do rosto, afirmam alguns, não há nada melhor do que o azeite de amendoim, que dá bons resultados, também, contra as gretaduras dos lábios no inverno.
Valor alimentício
O amendoim é um alimento altamente nutritivo. É rico em calorias por causa do seu elevado teor de gorduras. Além do fósforo, cálcio e ferro, possui magnésio, potássio, sódio, cloro. Seus derivados são: a manteiga; o óleo, muito empregado na alimentação; a farinha, que possui 10% de água, 32,1% de hidratos de carbono, 51,2% de proteínas e apenas 5% de gorduras. A proteína do amendoim é de fácil digestão, o que não acontece com o próprio amendoim, sobretudo quando cru, dado o seu elevado teor de gorduras. Por esse motivo, aliás, o amendoim é mais próprio para o inverno.

domingo, 26 de agosto de 2007

Mel

,calmante
Muito antes de o homem começar a fabricar o pão, um dos principais alimentos produzidos artificialmente, já milhões de industriosas abelhas fabricavam o mel, empregando as mesmas técnicas que ainda hoje empregam.
Nos tempos antigos fazia-se abundante consumo de mel como alimento promovedor de longevidade.
Pitágoras, alimentando-se de mel, viveu noventa anos, como outros longevos consumidores desse produto.
O vigoroso imperador Augusto afirmava que o segredo de sua boa saúde residia em usar óleo externamente e mel internamente.
Os antigos romanos tudo adoçavam com mel, até o próprio vinho. Eram gulosíssimos por vinho melado.
Com a descoberta e divulgação do processo de fabricar açúcar de beterraba e cana, o consumo do mel como alimento quotidiano infelizmente caiu em desuso. Essa substituição trouxe um grande prejuízo para o homem, em propriedades alimentares e terapêutica, de vez que o mel é superior ao açúcar refinado.


Composição química

Em cem gramas de mel encontram-se;
Calorias 31400
Agua 21,00g
Hidratos de carbono 78,14g
Vitamina A 3 U.I
Vitamina B1 (Tiamina) 7,00 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) 55,00 mcg
Vitamina B5 (Niacina) 0,33 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) 4,60 mg

Nos mais importantes sais do mel, contidos em 100 gramas, acham-se assim distribuídos os seguintes elementos:
Potássio 386,00 mg
Fósforo 19,00 mg
Cálcio 4,00mg
Sódio 1,00mg
Ferro 0,70mg

Mais de três quartas partes do mel, como se vê, constam de
açúcar nas suas formas elementares, como destrose (ou glicose) e
levulose (ou frutose). Além dos elementos indicados, o mel ainda con¬
tém cobre e manganês.
Uso medicinal
O emprego do mel na Medicina data da mais remota antiguidade.
Celso (Áulio Cornélio Celso), que foi um dos grandes vultos da medicina no primeiro século da era cristã, e que se tornou célebre pela compilação de uma valiosa enciclopédia da qual nos restam oito livros sobre a arte e ciência de curar, já afirmava que o mel age como conglutinante sobre as feridas, e que atua como detergente e resolutivo sobre a pele.
Grandes autoridades médicas, em tempos recentes, têm reconhecido no mel a virtude de curar inúmeras enfermidades e de prolongar a vida.
Sabe-se que o mel é diurético, laxante, calmante, emoliente, desinflamante, antisséptico, alcalinizante, peitoral, béquico, expectorante, depurativo do sangue, tónico para o cérebro.
Para atenuar os efeitos do calor durante o verão, muitas pessoas sabem valer-se dos refrescos de água com mel.
O Mons. Sebastião Kneipp, mundialmente famoso pelas suas experiências com métodos terapêuticos naturistas, preconiza o uso do mel nos males das vias respiratórias, nas afecções do apare¬lho digestivo, nas úlceras, na laringite, na faringite, etc.
O Dr. Zeiss conseguiu, com o mel, bons resultados no trata¬mento de cardiopatias, afecções do fígado, perturbações intestinais, furunculose, úlceras e feridas, pirexias, debilidade geral, doenças infecciosas.

"Graças aos seus mui necessários minerais", diz o Dr. Lelord Kordel, "o mel exerce importantes funções construtoras do sangue. Com a sua ação levemente laxativa, o mel impede a constipação intestinal. E, sendo sedativo para o corpo, promove um sono sadio e refrescante".
Diz o Dr. D. C. Jarvis:
"Na qualidade de médico, estou naturalmente interessado nu¬ma substância que o estudo e a experiência me convenceram ser um auxiliar na vida do homem, desde o berço até o túmulo.
"Onde, senão no mel, encontraria eu, à guisa de complemento da ração diária, um sedativo que, se tomado em cada refeição, acal¬me o indivíduo nervoso, irritável, tipo 'cavalo de corrida', e que faça somente bem e nunca mal ao organismo humano? Onde encontraria eu um adoçante que faça dormir de noite?
"O mel tem efeito suavizante sobre o estômago, alivia a tosse importuna, exerce ação laxante branda mas eficaz, e alivia a dor artrítica...
"Fico triste quando algumas pessoas me dizem que não usam mel, porque o mel é mais caro do que o açúcar branco... Afinal de contas, terão que fazer gastos da mesma maneira, ou na mercearia, ou na farmácia. Ficando doentes, acharão que precisam gastar em drogas... o dinheiro que economizaram na comida..."
"Estou dedicando todo um capítulo ao uso do mel como alimento", diz o Dr. Lelord Kordel, "porque o consumo de carboidratos refinados é o maior pecado que se comete hoje contra a saúde... Entre os artigos aceitos como alimentos, não há nada mais destruidor para o organismo humano do que o açúcar branco, refinado. É uma das substâncias mais perigosas e mais mortais que já se impingiu ao público como alimento".
Abscessos, furúnculos, feridas, contusões, inflamações, etc.
As cataplasmas quentes de mel têm efeito maturativo sobre os abscessos, os furúnculos e os tumores. O mel misturado com barro e cebola ralada, é um remédio talvez sem rival, para os tumores.
Feridas e úlceras são beneficiadas com a aplicação de cataplasmas de mel e farinha.

Voirnot recomenda o mel, aplicado diretamente, nas queimaduras, nas contusões, nas feridas; misturado com farinha de trigo, co¬mo emplastro, nos furúnculos e abscessos; como emoliente, ou em mistura com essência de terebintina, nas frieiras e rachaduras; com gema de ovo e manteiga, como unguento de leve efeito vesicatório; com cal viva, como vesicante contra as dores ciáticas; em solução de água melada, aplicada nas pálpebras, duas ou três vezes por dia. contra a conjuntivite crónica.
Ação bactericida
A acão bactericida do mel ficou constatada como resultado de experiências levadas a cabo com quinze diferentes tipos de mel, procedentes de diversos lugares.
A faculdade que o mel tem, de destruir as bactérias, parece ser devida à sua própria composição, em que figuram o ácido fórmico. o ácido málico, o ácido lático, etc. O mel fresco é, nesse sentido, manifestamente mais eficaz.
O Dr. D. C. Jarvis informa:
"Está provado que as bactérias rião podem viver na presença do mel, por ser este uma fonte de potássio, que retira das bactérias a umidade essencial à sua existência.
"O Dr. W. G. Sackett, bacteriologista, resolveu pôr o mel à pro¬va. Ele francamente não acreditava que o mel destruiria as bactérias produtoras de enfermidades. Assim, pois, no seu laboratório, ele colocou diversos germes patogênicos em mel puro e se pôs à es¬pera. Os resultados o surpreenderam. Dentro de poucas horas, ou, quando muito, em alguns dias, cada um dos microrganismos pato¬gênicos estava morto. Os germes da febre tifóide morreram dentro de 48 horas. Outros germes similares, tifosos, A e B, pereceram de¬pois de 24 horas. Um microrganismo encontrado nas fezes e na água, e que se assemelhava ao bacilo tifóide, morreu em 5 horas. Germes causadores de broncopneumonia morreram no quarto dia. O mesmo aconteceu com bactérias específicas, associadas com cer¬to número de doenças, como a peritonite, a pleurisia e os abscessos supurativos. Germes causadores da disenteria foram destruídos em 10 noras".
De uma interessante publicação do Ministério da Agricultura transcrevemos:
"A ação antibacteriana (do mel) parece não depender de subs¬tâncias secretadas pela abelha, visto serem negativas as provas dos filtrados de órgãos (cabeça, tórax, bolsas melíferas) do inseto, de¬vendo-se, pois, considerá-la como efeito de um produto extraído das flores, o que é corroborado pêlos diferentes graus de poder an-tibacteriano das diversas espécies de mel, conforme as estações da colheita, pois que variam também as diversas espécies de flores que dão néctar, etc." — O Mel na Alimentação Nacional, pág. 46.
Afecções do coração
O Dr. E. Koch, famoso cardiologista alemão, recomenda enfa¬ticamente o uso do mel para o coração. "O coração", diz o Dr. Koch, "pode, depois de receber mel, comparar-se a um cavalo depois de ser alimentado com aveia (aqui diríamos milho). Acha-se carregado de força". Informa o Dr. Koch que os muitos exames e testes por ele feitos em seus pacientes, lhe mostraram que o mel exerce efeitos semelhantes aos da digital. Ainda mais. "Ficou comprovado", explica o Dr. Koch, "que em casos de inflamação dos músculos do coração, nas doenças febris, como a difteria, a digital não traz nenhum sintoma de alívio, ao passo que o mel ainda age com eficiência. De modo geral, o mel é um poderoso suprimento para o coração sadio e dá forças ao coração doente".
O Dr. G. N. W. Thomas, de Edinburgh, capital da Escócia, escreve em The Lancet, importante publicação médica britânica:
"Na fraqueza do coração, verifiquei que o mel tem efeito notável: reativa a ação do coração, mantendo a vida dos pacientes. Recomendo que o mel seja usado na reparação física geral, porém, especialmente, nas falhas do coração".
"O mel tem ação benéfica, igualmente, em caso de hipertensão arterial", diz o Dr. Lelord Kordel.
Afecções gastro-intestinais e perturbações da nutrição
O mel é um alimento muito bom para os enfermos das vias digestivas. Estes devem usar, como adoçante, o mel, que poupa aoestômago um trabalho evitável. Em caso de dispepsia, em vez de o mel fatigar o estômago, ele auxilia a digestão.
Os dispépticos em geral, e os indivíduos fracos, que sofrem de digestão lenta e laboriosa, lucrarão em fazer, de vez em quando, uma cura de mel.
O mel tem indicação em certos distúrbios do estômago e do intestino, sendo, por exemplo, bom para as pessoas que sofrem de atonia intestinal.
O Prof. Dr. Camillo Muniagurria, que fez experiências com o mel no tratamento de perturbações intestinais (enterocolite aguda e enterocolite úlcero-folicular), distrofia, intoxicação alimentar e dispepsia putrefativa, recomenda o mel nas perturbações crónicas da nutri¬ção e nos distúrbios gastro-intestinais com diarreias e fermentações anormais, dos infantes, e aconselha-o também como bom complemen¬to alimentar para os lactentes sadios.
O Dr. Araoz Alfaro recomenda o mel como adoçante das mama¬deiras ou em mistura ao suco de frutas ou hortaliças, e acentua que os médicos prescrevem o mel contra diversas formas de colite e enterocolite e para aumentar o peso das crianças distróficas.
Nunagania, num trabalho publicado no Bruxelles Medicai, salienta que o mel exerce ação antipútrida, tem efeito benéfico nos estados distróficos e combate as enterocolites.
"O mel impede a fermentação gastrointestinal sendo rapida¬mente absorvido", escreve o Dr. Lelord Kordel.
Conforme o Dr. José A. Pereira, o mel é fortificante, laxante, digestivo. É de fácil digestão para os estômagos débeis. Não prejudica os dentes (o que já não se pode dizer do açúcar).
O Dr. G. Smiller informa ter alcançado, com o uso do mel, bons resultados contra as inflamações intestinais.
O Dr. Victor Pauchet explica que o mel facilita a digestão, porque tem ação sobre as glândulas salivares, que secretam maior quantidade de saliva.
O Dr. Horácio Forster recomenda o mel contra certas enfermiddes do aparelho digestivo e dos rins.
O mel tem ação benéfica sobre o fígado, favorecendo sua função antitóxica e metabólica.O Dr. César Pernetta, resumindo um trabalho dos Drs. E. M. Knott, F. W. Schultz e C. F. Schukers, fala a respeito de uma ex¬periência feita com 14 lactentes sadios, nos seus primeiros seis me¬ses de vida, para verificar a influência do mel, como fonte de hidrato de carbono, sobre a retenção do cálcio. Os resultados mostraram que a proporção de retenção do cálcio é sempre maior quando o mel é incluído na dieta infantil.
D. C. Soranus, que introduz o mel na alimentação do lactente. afirma que o mel dado ao recém-nascido previne e abranda a sin¬tomatologia da febre de inanição.
Afecções da garganta e da boca
Em casos de dor, irritação ou inflamação da garganta, fazem-se gargarejes com água contendo mel diluído.
Contra as aftas da boca, é bom fazer gargarejes de solução de mel com um pouco de pedra-ume ou sal de bórax ou vinagre.
Afecções das vias respiratórias
O Dr. Monardi afirma que o mel presta inestimáveis serviços nos males do aparelho respiratório.
Os resfriados, catarros e outras afecções das vias respiratórias cedem com o seguinte remédio: põe-se numa xícara uma colherada de mel, uma gema de ovo e um pouco de leite quente. Mistura-se bem. Toma-se pela manhã, em jejum. Além de ser um bom peitoral, é ótimo alimento para as pessoas debilitadas e para os convalescentes.
A bronquite, a asma, a rouquidão, etc., encontram no mel um remédio excelente.
"O favo de mel", diz o Dr. D. C. Jarvis, "é excelente no tratamento de certas afecções das vias respiratórias. O que se usa é a cera do favo, do qual se tenha tirado todo o mel. A mastigação do favo "tem valor especialmente para a mucosa das vias respiratórias. Não só se mastiga o favo, mas também se come mel diariamente como parte do tratamento. Para esse fim, deve-se preferir o mel diretamente do favo, mas, não se tendo este à mão, a ingestão de uma colher das de sopa, de mel líquido, também produz bons resultados".
O Dr. D. C. Jarvis fez interessantes experiências com o mel como medicamento para nariz entupido.
"Um menino de oito anos", diz ele, "foi certa vez trazido por sua mãe ao meu consultório para exame e tratamento do nariz. Du¬rante cinco meses ele tivera um contínuo resfriado e nenhum tra¬tamento lhe havia trazido melhora. O corrimento pelas narinas era profuso e precisava assoar o nariz com muita frequência,
"Aos três anos de idade, tinham-lhe sido removidas as amíg¬dalas e as vegetações adenóides. O exame do seu nariz revelou um aspecto que aparece nas febres de feno... O menino respirava pe¬la boca, porque a respiração normal era impedida pela inchação dos tecidos do nariz.
"Em seguida ao exame geral e ao exame especial do nariz, dei ao garoto um bocado de favo para mastigar, a ver o que aconteceria. Enquanto isso, pus-me a escrever as instruções para o tratamento a ser feito em casa e comecei a preparar umas gotas que ele devia tomar. Eu ainda não estava pronto, passados uns cinco minutos, quan¬do o guri, de repente, disse: 'Meu nariz está aberto! Já posso respirar pelo nariz!' O remédio para ser usado em casa entreguei-o à mãe e dei-lhe explicações sobre as instruções escritas. Então tornei a examinar o nariz do pirralho, para ver o efeito da mastigação do favo.
"O inchaço dos tecidos do nariz tinha diminuído como se eu tivesse aplicado um adstringente. A mucosa, que antes havia sido pálida, era agora levemente rosada. Uma semana depois, quando o petiz foi novamente trazido ao meu consultório, seu nariz continuava aberto e ele respirava com a boca fechada...
"Experimentei também em outros pacientes, com nariz entupido, a mastigação de um bocado de favo, e obtive sempre os mesmos resultados satisfatórios".
Anemia
Graças ao ferro orgânico que contém, o mel é um bom alimento para os anêmicos. O mel escuro é, neste caso, o mais recomendado.

"O mel", diz o Dr. Lourenço Granato, "combinado com un gema de ovo fresco, cru, bem batido, constitui um bom alimen concentrado para os indivíduos enfraquecidos pelo esgotamento até para os tuberculosos. É um fortificante de grande valor pá todos os organismos".
O Dr. Henri Dorval fez uma experiência com dezessete alui* de 8 a 16 anos, dos mais pálidos e anêmicos. Desses menores, ' passaram a receber cada dia duas doses de 15 gramas de mel. ur pela manhã e outra à tarde, ao passo que 2 ficaram sem mel. pá que se pudesse fazer a comparação. A prova começou a 27 de r vembro e terminou no dia 10 de março do ano seguinte. Resulta*! Dos 15 que receberam mel durante todo esse tempo, 11 experime taram um aumento na taxa de hemoglobina de 8,44% a 25%; 1 1 vê a hemoglobina aumentada em 6%; 1 que tinha taxa normal de l moglobina, não teve aumento; 2, que se achavam seriamente d< nutridos, não tiveram proveito do tratamento. Com o uso do m 13 desses 15 tiveram uma melhora geral no seu estado de saút Passaram a sentir-se mais resistentes, mais fortes e menos cansad no fim dos brinquedos. Ficaram livres das dores de cabeça, da constipação crônica, etc. Acusaram notável aumento de peso: de l quilos a 6 quilos. Suas olheiras desapareceram. Sua cor mudou: pálidos que eram, ficaram corados. Os outros dois menores, que n haviam recebido mel, ficaram com uma taxa anormalmente baixa de hemoglobina e só alcançaram 750 gramas a um quilo e meio aumento de peso.
O Dr. Anton Rohleder, que também estudou a influência do mel como medicamento infantil, afirma que o mel aumenta a cota de hemoglobina, concorre para incrementar o peso e contribui para desenvolvimento corporal da criança.
O prof. Martagão Gesteira, baseando-se nos trabalhos da D Paula Emerich, divulgados pelo Prof. E. King, trabalhos esses c salientaram os excelentes resultados obtidos, em aumento de l moglobina e acréscimo de peso, em 200 crianças submetidas a u dieta de leite cru com doses crescentes de mel, fez experièncias em lactentes normais, alimentados com leite-cálcio citratado e lactentes hipotróficos mantidos sob regimes alimentícios vários. Os resultados foram apreciáveis, sobretudo com estes últimos, que toleravam bem o mel e aumentaram sensivelmente de peso com a adição de mel à sua dieta. Nas crianças normais, a inclusão do mel no leite corrigiu a tendência à prisão de ventre.
O Swiss Bee Journal, relatando os resultados de uma experiên¬cia levada a efeito na Suiça, com três grupos de petizes, todos em delicado estado de saúde, informa que o grupo de crianças alimen¬tado com mel ultrapassou os outros dois grupos em todos os sen¬tidos: na contagem de glóbulos, no peso, na energia, na vivacidade, na aparência geral.
O Dr. Mário Campognoli ensina que o mel é excelente contra a anemia, graças ao seu elevado conteúdo em ferro, cobre, manga¬nês e outros minerais, em forma francamente assimilável, intervindo por isso na composição dos glóbulos vermelhos do sangue.
Na Revue Internationale, Jacoud informa que, na Alemanha e na Dinamarca, desde longa data, crianças e moças são enviadas ao campo, durante o verão, para fazerem exercícios físicos ao ar livre e curas de mel, como tratamento contra a anemia e a clorose.
O Dr. Santiago Luiz Roman, num trabalho publicado na Revista de Apicultura da Argentina, sob o título "O mel aumenta a hemoglobina do sangue", confirma o que acabamos de dizer. O Dr. Roman também aconselha o uso habitual do mel na alimentação.
Câimbras
As câimbras que ocorrem, durante a noite, nos músculos do corpo, especialmente nas pernas e nos pés, podem ser combatidas tomando-se duas colheres das de chá, de mel, em cada refeição. As câimbras geralmente desaparecem dentro de uma semana, mas é bom continuar indefinidamente com o uso do mel, pois este previne o retorno do mal.
Cálculos das vias urinárias
O Dr. Smiles empregou o mel, com êxito, contra a gota e litíase renal.
O Dr. Smiller informa que, com o uso de mel, alcançou bons re¬sultados no tratamento da litíase renal. Suspenso o tratamento por algum tempo, as areias tornaram a aparecer, mas, restaurado o uso do mel, houve alívio dentro de pouco tempo.
Dieta infantil

Toda boa mãe sabe que o mel é um complemento muito impor¬tante na alimentação da criança.
"Em nossos dias", diz o Dr. Jarvis, "parece que muitas mães não são capazes de amamentar seus bebés segundo o plano da Natureza. Recai, pois, sobre o médico o fardo de compor uma dieta adequada às necessidades individuais do infante. Algumas crianças. sendo delicadas, requerem um cuidado infinitamente grande. Umas são alérgicas a certos alimentos ao passo que outras são robustas e aparentemente podem comer de tudo. As diferenças na tolerância alimentar apresentam problemas às vezes difíceis de resolver.
"A base de toda a dieta infantil, na falta do leite materno, é o leite de vaca, modificado e adoçado. No adoçamento do leite jaz frequentemente a principal dificuldade. O adoçante mais usado é o xarope de milho, mas muitos bebés não podem tolerá-lo. Torna-se cada vez mais evidente que um adoçante natural deve ser muito pre¬ferido a qualquer adoçante fabricado.
"O adoçante natural que mais se salienta é o mel. A maior parte dos bebés pode tolerá-lo. E, além de servir de adoçante, ele fornece minerais, completando os que se encontram no leite; e supre também pequena quantidade de proteínas. Exerce, outrossim, uma ação antissética e levemente laxativa. Ademais dessas vantagens, ele tem um sabor agradável, tornando mais apetitosos os alimentos. O principal fator, todavia, é que ele provê a criança com o complexo de minerais necessários ao seu corpo em crescimento.
"Meus estudos sobre o mel em conexão com a alimentação da criança, foram plenamente corroborados pêlos trabalhos dos Drs. M. H. Haycak e M. C. Tanquary, da Universidade de Minnesota, e dos Drs. Schultz e Knott do Departamento de Pediatria da Universidade de Chicago".
Do trabalho dos Drs. F. W. Schultz e E. M. Knott extraímos o seguinte:
"Estudando o valor comparativo dos vários carboidratos na alimentação da criança, empregamos mel juntamente com outros açúcares. Usamos dois grupos de crianças para determinar o efeito dos vários açúcares: quatro dos 7 aos 13 anos e nove com 2 a 6 meses de idade. Demos açúcares diluídos a essas crianças e então lhes toma¬mos amostras de sangue para determinar a taxa de açúcar no san¬gue 15 minutos, 30 minutos, 60 minutos, 90 minutos e 120 minutos após a refeição. Quando os açúcares são absorvidos no intestino, penetram na corrente sanguínea e são carregados ao fígado para formar glicogênio. Quando se consomem carboidratos numa pro¬porção superior à capacidade que tem o fígado de armazená-los em forma de glicogênio, o excesso se transforma em gordura e como tal se armazena nos tecidos.
"Resultados muito interessantes obtivemos com o mel. Duran¬te os primeiros 15 minutos, o mel foi absorvido mais rapidamente que todos os outros açúcares usados na prova, com exceção da gli¬cose. O mel, porém, não inundou a corrente sanguínea com uma superabundância de açúcar. Este comportamento do mel deve-se, presumimos, à combinação dos dois açúcares de fácil absorção, s dextrose e a levulose. A absorção do mel é rápida por causa do seu conteúdo em dextrose; a levulose, porém, sendo absorvida mais vagarosamente, é capaz de manter o açúcar do sangue.
"O mel tem, sobre outros açúcares mais ricos em dextrose, a vantagem de não elevar o açúcar do sangue a um nível superior à capacidade que tem o corpo de usá-lo facilmente.
"Dada a sua fácil e larga disponibilidade, o seu sabor e a sua digestibiiidade, o mel parece ser uma forma de carboidrato que de¬veria ter mais ampla utilização na alimentação da criança".
As muitas vantagens do mel na alimentação da criança são as¬seguradas incluindo-se uma ou duas colheres das de chá, desse adoçante natural, em 250 g de mistura alimentar. Em caso de prisão de ventre, acrescenta-se mais meia colher das de chá. Se, por outro lado, o intestino da criança fica muito solto, diminui-se meia colher das de chá. Essa é a receita do Dr. D. C. Jarvis. Segundo sua observação, "as crianças alimentadas com mel só raramente sofrem de cólicas, pois a rápida absorção do mel impede a fermentação".
O Dr. Arturo Rossi, num trabalho publicado sob o título "A Abelha e o Mel na Ciência e na Indústria", recomenda entusiasticamente o uso do mel na alimentação da criança, pois que se trata de um ali¬mento e medicamento de primeira ordem, graças à sua riqueza em hidrates de carbono e à pureza de sua constituição. Diz o Dr. Rossi que se poderiam evitar muitas enfermidades e desgostos, se os pais dessem aos filhos o puro mel de abelhas em vez de doces, cara¬melos, etc.
Citamos do livrinho "O Mel na Alimentação Nacional", pág. 49, publicado pelo Ministério da Agricultura:
"O mel... encerra em sua composição elementos facilmente as¬similáveis, de real valor, não só em certos estados mórbidos da in¬fância, mas também para estabelecer o equilíbrio básico de um or¬ganismo em estado de evolução. É, pois, um alimento precioso para as crianças e para os lactentes, sendo aconselhado no adoçamento das mamadeiras. Como alimento, deve ser dado puro centrifugado em natureza, nos favos extraídos da colmeia, conservando toda a sua fragrância; ou, misturado com manteiga, no pão ou com biscoitos; ou para adoçar o leite, os refrescos, etc.; ou em vários doces, bolos, etc.; ou adicionado a certas frutas, como bananas, morangos, maçãs, mamão; ou misturado com aveia, farinha de banana, creme, requeijão; ou como corretivo de certos distúrbios gastrointestinais tão comuns na primeira e segunda infâncias; ou em substituição ao açúcar de cana, de cuja ingestão resultam graves inconvenientes para a saúde infantil. O aparelho digestivo da criança, tão sensível e delicado, assimila facilmente o mel que lhe vai beneficiar as funções gastro¬intestinais, quer atuando sobre as mucosas, quer favorecendo as secreções. O mel, pelo seu conteúdo em vitamina e substâncias mineralizantes, entre outras, sais de cálcio, ferro, ácido fosfórico, encontra indicação perfeita em puericultura".
Enurese infantil
"Durante muito tempo", diz o Dr. D. C. Jarvis, "quando aos médi¬cos se perguntava o que se devia fazer no caso de uma criança molhar a cama de noite, eles respondiam que o tempo se encarregaria dis¬so, pois a criança, à medida que crescesse, venceria esse hábito.

Isso indicava que comumente não se conhecia nenhum remédio específico.
"Os sintomas da enurese infantil são bem definidos. Na maioria dos casos existe a característica comum da frequente emissão de urina durante o dia. Via de regra, essas crianças são muito sensíveis aos estimulantes e a toda excitação. São crianças 'tipo cavalo de cor¬rida'. A maioria das crianças consegue controlar a bexiga de dia. antes de alcançar os dois anos de idade, e, com mais alguns meses, a maior parte delas passa a noite sem molhar a cama. O hábito de molhar a cama geralmente se manifesta cada noite, e pode ter início depois de estabelecido o controle da bexiga...
"Na hora de ir para a cama, dá-se à criança uma colher das de chá, de mel. O efeito será duplo. Em primeiro lugar, esse adoçante natural funcionará como sedativo sobre o sistema nervoso. Em segundo lugar, ele atrairá e manterá o fluido durante a noite, poupando o trabalho dos rins.
"À medida que você continuar usando o mel para esse fim, apren¬derá por si quando convém usá-lo. Reconhecerá as condições que poderão acarretar a dificuldade. Se, por exemplo, o pequenino assiste a uma festa de crianças, em que haja excitação e refrescos, isso deverá sugerir a você a conveniência de ministrar-lhe uma colher das de chá, de mel, ao deitar-se. Demais, qualquer aumento na ingestão de líquidos, especialmente após as cinco horas da tarde, deverá levá-lo a prever a possibilidade de ocorrer um acidente durante a noite, se não estão protegidos os nervos e os rins da criança".
Fadiga, sensação de cansaço, etc.
As pessoas fatigadas tiram bom proveito de uma tisana de centáurea adoçada com mel.
As experiências de Schamburg mostram que o mel ajuda os soldados a vencer a sensação de cansaço nas marchas forçadas.
Os trabalhos de Grandeau e Coulin provam que o mel é um excelente alimento de poupança e uma fonte de forças para nosso organismo, pois faz desaparecer a fadiga.
O Dr. Arturo B. Storace recomenda o mel, como "utilíssimo alimento muscular", aos que exercem intensa atividade física, aos operários braçais, aos agricultores, aos atletas, aos artistas, aos intelectuais, já por sua fácil digestibilidade, já por sua capacidade de excitar os músculos do intestino. Acentua o Dr. Storace que o mel é muito bom para os debilitados, fatigados, neuróticos, sendo muito útil também aos que sofrem de afecções do fígado e dos rins, prisão de ventre, inapetência, clorose.
"O mel", escreve o Dr. Lelord Kordel, "é um valioso agente para impedir ou protelar o desgaste a que está inevitavelmente sujeita a máquina viva do moderno homem de negócios, que experimenta, receio, ira, ansiedade, preocupação aflição e desgosto profundo. Tal excitação faz com que o coração pulse mais rapidamente e aumenta a pressão do sangue pela çontração dos vasos sanguíneos. Passan¬do alguns dias nessas condições, e chegando depois à sua casa, ele tem dificuldade em descansar e em dormir um sono tranquilo. Uma ou duas colheradas de mel, ao deitar-se, pode ajudar muito".
O mel na alimentação dos atletas tem sido e ainda é o segredo do sucesso de muitos campeões.
A propósito, Lloyd Percival, do Sports College, Canadá, publicou no American Bee Journal, em outubro de 1955, um artigo intitulado "Experiências com o Mel na Alimentação dos Atletas", do qual transcrevemos o seguinte:
"O Sports College, desde 1951, vem mostrando interesse em de¬terminar o valor do mel na nutrição dos atletas, na base de provas organizadas. . .
"Uma das questões em que mais nos interessamos foi esta: Qual é o alimento energético ideal? Procuramos saber que alimento, ou que combinação de alimentos supriria, mais rapidamente, a maior quantidade de energia, sem causar perturbações digestivas ou quais¬quer outras reações prejudiciais, secundárias. A fim de que pudés¬semos desenvolver informações utilizáveis, organizamos uma série de observações, estudos e testes.
"Iniciamos também uma campanha a fim de coligir informações com respeito às experiências de outros no campo do treinamento e acondicionamento atléticos em ligação com alimentos e bebidas energéticos. Em resultado desses testes e dessas investigações, agora classificamos (contagem de pontos: de 1 até 10) os alimentos e be¬bidas energéticos populares da seguinte maneira: mel. 9; glicose.7,5; xarope de milho, 7; açúcar amarelinho, 6; açúcar refinado (bran¬co), 4,5...
"A análise das nossas experiências mostra que: "1. O mel, tanto quanto se possa medir, supre de maneira ideal todas as necessidades que o atleta tem, de abastecimento energético, antes de entrar em atividade, para que seja sustentado seu esforço durante a atividade e para que suas energias sejam rapidamente recuperadas após o esforço.
"2. O mel, com o seu elevado conteúdo em calorias, pode levantar as energias, se bem que seja ingerido em menores porções.
"3. O mel é o adoçante mais popular (é popularíssimo!) entre os atletas, porque apela ao paladar.
"4. O mel pode comumente ser tolerado pelo atleta em maior quantidade do que quaisquer outros alimentos ou bebidas energéticos provados.
"5. O mel, graças à sua versatilidade, é muito popular, po¬dendo ser usado de inúmeras maneiras e em combinação com outros alimentos e bebidas.
"6. O mel é um alimento puro, obviamente isento de bactérias e substâncias irritantes.
Por esse motivo, recomendamos o mel:
"1. Para ser usado antes de o atleta entrar em atividade.
"2. Para ser usado depois da atividade.
"3. Para ser usado como tónico durante o período de repouso.
"4. Para ser usado na dieta diária, especialmente na refeição matinal, a fim de suprir as necessidades energéticas diárias.
"5. Para ser usado como adoçante geral e para ser passado no pão.
"6. Para ser usado em combinação com certos alimentos, como saladas de frutas, iogurte, pudins, arroz doce, etc.
"7. Para ser usado em bolos, biscoitos e em muitos preparados culinários.
"8. Para ser usado na fabricação de balas.
"9. Para ser usado em substituição a outros adoçantes populares, de modo geral.
"Os atletas que participaram em testes de resistência revelaram mais elevados níveis de atuação quando ingeriam duas colheres, das de chá, de mel, 30 minutos antes do início do teste. Retirado o mel, havia sempre uma pronunciada diminuição nos níveis de rendimento alcançado...
"Quando os atletas ingeriam mel depois de um período de exer¬cício pesado, recuperavam-se mais depressa e estavam aptos para continuar suas atividades mais cedo. Por causa desta reacão, temos advogado o uso do mel pêlos atletas que têm de estudar em seguida a exercícios ou jogos pesados. Nossa experiência nos ensinou que o uso do mel capacita o estudante a estudar melhor, pois que suas energias são refeitas.
"Os atletas que usavam mel durante os intervalos, nos jogos de hóquei, basquetebol, futebol, e entre os incidentes na pista e no campo, afirmavam ter mais energia e sentir menos fadiga durante a última parte da atividade.
"Os atletas que tinham de tomar parte em dois jogos, em dois dias consecutivos, diziam que se sentiam melhor no segundo jogo quando usavam mel para reabastecer suas energias após o primeiro jogo e também antes do segundo.
"Quando os atletas tinham de treinar ou jogar em seguida à aula ou ao trabalho (nada de almoço), e ingeriam mel durante a hora do almoço, informavam que não sentiam a habitual falta de ener¬gia durante a atividade. Aqueles que relatavam sentir falta de ener¬gia antes do almoço, afirmavam experimentar grande melhora quando ingeriam mel como parte da refeição matinal.
"O uso do mel (umas 12 a 16 colheradas das de chá durante o dia, nas refeições e na hora de dormir) impedia a perda de peso sob um regime de trabalho pesado ou de atividade contínua. Quando os atletas eram submetidos a uma dieta reduzida, uma colher das de chá, de mel, no fim de cada refeição, dava-lhes a sensação de estarem satisfeitos, tornava menos difícil a dieta, e ajudava-os a conservar o vigor.
"O Sports College, em base das suas experiências gerais com o mel durante um período de quatro anos, não hesita em dizer que o mel é um combustível ideal para a recuperação da energia e para a neutralização da fadiga. Recomendamo-lo a todos os que se empenham em atividades atléticas e a todos os que estão interessados em manter um nível energeticamente elevado durante o dia".
Febre do feno
O mel é indicado, pelo Dr. D. C. Jarvis contra a chamada "febre do feno". "Os que sofrem de febre do feno assegurar-lhe-ão que não há doença mais terrível conhecida pelo homem", diz o Dr. Jarvis.
O famoso clínico recomenda que, três meses antes do esperado ataque, a pessoa alérgica comece a tomar uma colher das de sopa, de mel, após cada refeição, como sobremesa. O mel de favo deve ser preferido, mas o mel líquido (às vezes chamado "mel espremido") também serve. Toma-se também uma colherada de mel diluído num copo dágua, ao deitar-se. Se necessário, mastiga-se também uma quantidade de favo de mel durante o dia, com certa frequência, para manter o nariz aberto e seco.
Insónia
Como calmante do sistema nervoso e para conciliar o sono, recomenda-se tomar uma colherada de mel diluído num copo de água, ao deitar-se.
O Dr. D. C. Jarvis aconselha o mel como "o melhor de todos os remédios para conciliar o sono". "Se você notar", diz o famoso clínico, "certa dificuldade em pegar no sono de noite, ou se, depois de ter-se deitado, você acorda facilmente e acha difícil tornar a dormir, você deve fazer uso do mel. Se você toma uma colherada de mel no jantar, cada dia, você logo sentirá uma vontade real de ir para a cama, e você terá mesmo dificuldade em banir o sono se, por razões sociais, você tiver que ficar acordado até mais tarde do que de costume. Na manhã seguinte você notará que deve ter adormecido assim que sua cabeça tocou no travesseiro".

Prisão de ventre
O mel é levemente laxativo. Os que sofrem de prisão de ventre devem tomar, de manhã, ao levantarem-se, e de noite, ao deitarem-se, um ou dois copos de água, preferivelmente morna, adoçada com uma colherada de mel.
O Dr. Mário Campognoli aconselha o pirão de bananas amas¬sadas com mel, como alimento e medicamento imprescindível para as crianças, contra a prisão de ventre comum nos petizes. O melhor laxante é o mel, que deve ser dado em lugar dos medicamentos irritantes, aos quais muitos pais mal avisados recorrem, não resol¬vendo o mal.
Dadant e Langstroth dizem que é fácil resolver o problema de crianças de peito que sofram de constipação intestinal. Basta dar--Ihes mel, misturado com pão, que se põem num pano formando uma chupeta.
Queimaduras
Como emoliente, o mel é aplicado sobre as inchações e queimaduras.
"O mel", ensina o Dr. D. C. Jarvis, "vem de há muito tempo sendo usado com êxito no tratamento de queimaduras cutâneas. Alivia as dores, previne a formação de bolhas e cura com rapidez a parte queimada".
Raquitismo
O Dr. Victor Pauchet ensina que, como medicamento contra o raquitismo, é muito bom dar à criança mel em mistura com manteiga (duas partes de manteiga e uma de mel), em substituição ao repug¬nante óleo de bacalhau. Bate-se bem essa mistura, até que se forme uma espécie de pasta, que, passada no pão, as crianças comem com muito prazer.
Sinusite
O mel é igualmente indicado, pelo Dr. D. C. Jarvis, no tratamento da sinusite.
"Havendo inflamação de um ou mais seios ósseos, desenvol¬ve-se geralmente uma reação de fundo úrico-alcalino. Quando se mastiga o favo, a reação urinária altera-se de alcalina para ácida, mos¬trando quão rapidamente o favo produz uma mudança na química do corpo. Assim sendo, a pessoa que sofre de sinusite deve evitar os alimentos que produzem reação úrico-alcalina, até que sare do incómodo.
"A porção de favo que se usa para uma mastigação pode ser re¬gulada por uma porção ordinária de goma de mascar. Mastiga-se um pedaço de favo de hora em hora, fazendo-se umas quatro a seis mastigações por dia. Cada bocado que se toma, de hora em hora, deve ser mastigado durante uns quinze minutos, cuspindo-se o que sobra após cada mastigação. Mesmo em caso de ataque agudo, essas quatro a seis mastigações devem acarretar o desaparecimento dos sintomas de sinusite ao cabo de um dia. O nariz se abrirá, a dor desaparecerá, os seios nasais se normalizarão e a energia do corpo se restaurará. Ë bom continuar mastigando favo uma vez por dia, durante uma semana, para prevenir a imediata recidiva do mal. Se você continuar usando o favo de mel dessa maneira, uma vez por dia, ... é improvável que você experimente outro ataque de sinusite ou que você venha a ser molestado pela gripe ou pelo resfriado. Meus estudos me levam à conclusão de que no favo de mel existe alguma coisa que protege poderosamente as vias respiratórias con¬tra as enfermidades".
Tónico cerebral
O Dr. Allain Caillas explica que o ácido fosfórico existente no mel concorre para a formação do esqueleto em desenvolvimento, sendo também benéfico ao cérebro.
"Os que usam o mel de abelha na sua alimentação diária", diz o Dr. Josiah Oldfield, "podem estar certos de que estão contribuindo ativamente para aumentar sua capacidade de trabalho mental e ma¬nual".
Tosse
O Dr. D. C. Jarvis recomenda o uso do mel também contra a tosse.
"Se você se acha incomodado peia tosse", diz o já citado fa¬cultativo, "use o seguinte medicamento béquico:...
"Cozinhe um limão levemente durante 10 minutos. Assim o li¬mão fica macio e solta mais caldo, e sua casca, igualmente, se abranda. Corte o limão ao meio e extraia-lhe o suco no espremedor. Po¬nha o suco num copo. Acrescente duas colheradas de glicerina ao suco de limão. Encha então o copo com mel...
"A dose desse xarope béquico pode ser regulada segundo suas necessidades. Se você tem acesso de tosse durante o dia. tome uma colher das de chá. Mas não se esqueça de mexer com uma co¬lher antes de tomar. Se a tosse o incomoda a ponto de acordá-lo durante a noite, tome uma colher das de chá ao ir para a cama e outra durante a noite. Se sua tosse é muito forte, tome uma colher das de chá ao levantar-se, outra no intervalo entre o desjejum e o almoço, outra em seguida ao almoço, outra entre o almoço e o jan¬tar, outra em seguida ao jantar, e outra ao deitar-se. Melhorando a tosse, diminua a dose, tomando o xarope menos vezes. Segundo minhas observações, esse é o melhor xarope béquico que eu conheço. Não desarranja o estômago, como fazem muitos remédios para tosse. Pode ser usado tanto por crianças como por adultos. Alivia a tosse quando falham todos os outros xaropes béquicos".
Para combater a tosse e os defluxos, pode também preparar-se um xarope da seguinte maneira: Cozinham-se uns 30 gramas de cevada ou de raiz de alteia, em aproximadamente meio litro de água. durante meia hora. Coa-se o produto dessa decocção, e juntam-se algumas colheradas de mel ao decocto, ao qual se dá nova fervura, até que se obtenha a consistência de xarope.
Como expectorante, o mel presta melhor serviço quando adicionado ao chá quente de cevada com suco de limão.

úlceras gastro-duodenais
O Prof. Glaeser, da Universidade de Viena, empregou o mel, com sucesso, nas úlceras gastro-duodenais.
No tratamento da úlcera gastro-duodenal, o Dr. Vander recomen¬da, entre outras coisas, tomar, de quando em quando, um pouco de "mel com água", ou seja, uma colherada de puro mel de abelha diluí¬do em um copo de água, como bebida natural.
Outras aplicações medicinais
Para combater a dor de dente, friccionam-se as gengivas com mel de mistura com linhaça ou tintura de açafrão.
Coado, o mel é um colírio excelente nas enfermidades dos olhos.
Nas febres, é aconselhável tomar mel diluído em água com suco de limão.
O mel, graças ao seu conteúdo em cálcio, é muito recomendado nas doenças de carência, nas avitaminoses, nos estados de descal¬cificação, nos casos de raquitismo.
O Dr. Oluf Martenten-Larsen afirma que o mel é um remédio simples e eficaz para a cura da ressaca, pois reduz para a metade o tempo que a pessoa levaria para recuperar-se da embriagues. Ele recomenda que se dê ao bêbedo uns 120 gramas de mel, e, passada meia hora, outros 120 gramas. Para a cura desse vício que tanto desmoraliza o homem, ver as indicações que fazemos, sob "Alcoolismo", na parte final deste livro.
Segundo Esíamer, o mel é absorvente das secreções mucosas e tónico das fibras elásticas e musculares do pulmão.
O mel traz bons resultados nas moléstias eruptivas. Nos casos de sarampo e varíola, os efeitos têm sido magníficos. Prepara-se um chá com folhas de laranjeira, adoça-se com mel, e administra-se de três em três horas.
O mel também pode ser usado contra o prurido proveniente das secreções cutâneas em algumas enfermidades da pele.
Os Drs. Viernan e Luchi aconselham o mel contra certas dermatoses, contra as afecções gástricas e contra a febre tifóide.
O Dr. Stancanelli prescreve o mel para combater os eczemas e os edemas.
O mel rosado é muito bom para as gretaduras dos lábios. Caso não seja fácil obter extrato de rosas, pode-se preparar a seguinte mistura: 30 gramas de folhas de rosas para 100 gramas de água, em infusão. Coa-se e adicionam-se uns 200 gramas de mel.
O Dr. Weyland obteve êxito com uma pasta feita de mel, manteiga e gema de ovo, no tratamento do reumatismo.
O Dr. Juan E. Corbella recomenda o mel como colagogo, laxante, diurético, balsâmico e como alimento de primeira ordem.
Graças à sua ação lubrificante, e à sua especial influência sobre as mucosas, o mel é muito recomendado aos conferencistas.
Para combater a tuberculose, é muito bom comer nozes, ou castanhas, ou amêndoas moídas, em mistura com mel.
O mel, em mistura com alho, é bom para expulsar vermes intestinais.
Diz o Dr. D. C. Jarvis:
"Um dos mais importantes fatos estabelecidos a respeito do mel, para nossa surpresa, é que este produto é um excelente meio para a conservação das vitaminas. O mesmo já não se pode dizer a respeito dos vegetais e das frutas. O espinafre, por exemplo, perde 50% do seu conteúdo em vitamina C dentro de 24 horas depois de ser colhido. As frutas perdem grande parte do seu conteúdo em vitami¬nas enquanto estão armazenadas. Como a maioria dos alimentos ricos em açúcar, o mel é pobre em tiamina, contendo porém bom teor de riboflavina e ácido nicotínico. O mel contém, não obstante, todas as vitaminas que os nutricionistas consideram necessárias à saúde.
"Ao passo que o açúcar de cana e os amidos precisam passar por um processo de inversão no trato gastrointestinal, pela ação das enzimas, para que sejam convertidos em açúcares simples, isso já foi feito no mel pelas abelhas, mediante a secreção de suas glân¬dulas salivares, que converte o açúcar do néctar em açúcares simples, levulose e dextrose, pelo que o trato gastrointestinal humano já não necessita fazer esse trabalho. Assim é que essa predigestão do mel pela abelha poupa ao estômago uma tarefa adicional. O fato de que o mel é um açúcar predigerido. . . é muito importante quando se trata de um indivíduo que tenha uma digestão fraca ou que careca de duas enzimas, a invertase e a amilase, auxiliares no processo da inversão. ..
"Vamos enumerar as vantagens do mel sobre outros açúcares;
"1. Não irrita a mucosa do tubo digestivo.
"2. É assimilado fácil e rapidamente.
"3. Atende imediatamente a exigência do organismo quando este pede um produto energético.
"4. Capacita os atletas e outras pessoas, que despendem muita energia, a recuperar-se rapidamente do esforço feito.
"5. É. de todos os açúcares, o mais bem tolerado pêlos rins.
"6. Tem um efeito levemente laxativo.
"7. Tem valor sedativo, acalmando o corpo.
"8. Pode ser facilmente obtido.
"9. Não é caro".
Valor alimentício
O mel é o açúcar natural, o açúcar vivo, o açúcar vitaminado. Ao passo que o açúcar de cana ou de beterraba encerra somente po¬der calorífero, de combustível, o mel não apenas supre calorias rnas também vitaminas e sais, verdadeiros medicamentos que toni¬ficam e vitalizam o cérebro, os nervos, os músculos e os ossos.
O indevidamente chamado "progresso técnico", que inventou a inútil arte de conservar frutas em vidros, despojando-as da vida útil ao homem e o mau costume de polir o trigo e o arroz, privando-os das partes mais benéficas ao organismo humano, produziu também o açúcar refinado, branco, muito bonito, mas inferior ao açúcar mo¬reninho e ao mel como alimento. Devemos preferir a colmeia à usina. A abelha nos dá rico e vivo o açúcar que a turbina cozinha, refina, depaupera e mata.
O açúcar branco deve ser substituído pelo mel. Nenhuma família rural, rica ou pobre, de patrões ou empregados, devia prescindir de um colmeal, com abelhas a trabalhar para o seu interesse econômico, para as suas necessidades alimentares, e para a conservação da sua saúde.
As abelhas, fabricando o mel com o mais fino material existente. que é o néctar das flores, destinarn-no às suas delicadas larvas e preparam-no de modo a conservar-se bem pelo menos durante uma estação hibernal. É um alimento natural, puro. mas tão sensível que nunca deve ser fervido, senão apenas ligeiramente aquecido, quando muito.
O mel é um alimento que não produz resíduos. Não exige trabalho digestivo como o açúcar de cana (ou sacarose), que requer o concurso do suco gástrico, para tornar possível a sua assimilação.
O mel pode ser usado, como alimento, sob diversas formas. Nos mais variados pratos em que geralmente se usa açúcar, deve-se usar mel. A substituição só traz vantagens.
Não sendo um alimento de alto custo, poderá ser consumido com frequência, quer ao natural quer na preparação de bolos e doces. Poderá ser dado sem receio às crianças, mesmo de tenra idade.
Há indivíduos que se queixam dizendo que o mel lhes produz ardor na faringe e no esôfago, ou náuseas, ou embaraços gástricos, ou outros inconvenientes. Os que não o toleram a princípio, devem acostumar-se a usá-lo aos poucos. Tomem uma colherinha das de chá pela manhã, e outra à noite, mesmo a contra-gosto, e a re¬pugnância inicial logo desaparecerá.
O operário braçal, que despende muita energia muscular, e, bem assim, o trabalhador intelectual, que gasta muita energia nervosa, deverão usar mel, para regularizar suas funções digestivas e para resistir melhor aos excessos de atividade a que, eventualmente, forem obrigados.
O mel é um valioso alimento para as crianças, mesmo na primeira infância. Adoça-se-lhes a mamadeira, as papas, os mingaus, e a própria chupeta. Mas, o mel dado às crianças deve ser puríssimo, isento de substâncias estranhas.
Os meninos recebem benefícios se o mel faz parte do seu cardá¬pio, pois que lhes assegura maior desenvolvimento físico, graças às vitaminas e aos fosfates que contém.
As meninas também devem usar mel nas suas refeições, para se prevenirem contra os perigos da tuberculose.
Os velhos encontram no mel um alimento soberano: uma colherada diluída num copo de água, à noite, ao deitarem-se, ajuda-os a conciliar o sono, a normalizar o funcionamento dos intestinos, e a aliviar a tosse.